Para quem pratica o naturismo nas praias portuguesas, a sensação total de liberdade face à opressão dos calções de banho e biquínis é o que separa um bom dia de praia de um repleto de restrições de movimentos.
Os que
escolhem desnudar-se por completo têm um total de oito extensões de
areal onde a prática do naturismo é completamente legal e podem assim
fazê-lo sem temer qualquer represália ou queixas por parte de outros,
ainda que estejam todas situadas a sul do Tejo, o que pode mudar em
breve. A praia do Salgado, em Leiria, pode ser a próxima da lista
oficial.
Rui Elvas,
presidente da Federação Portuguesa de Naturismo, salienta que para o
futuro existem novos projetos de reconhecimento oficial de praias,
principalmente nas regiões Centro e Norte do país, onde não há qualquer
praia oficial para a prática de naturismo - só a da Estela, considerada
"de uso e costume". "Ainda existe uma grande conotação negativa
associada ao nudismo e isso tem de mudar, já que adjetivos como
perversidade ou exibicionismo em nada se aplicam a esta prática".
Adiça, em Almada, é a mais recente
A Adiça, perto da praia da Fonte da Telha, em Almada, desde há muitos anos considerada praia de uso e costume naturista, entrou há cerca de um mês na lista de praias oficiais em Portugal pela Federação Portuguesa de Naturismo. A distinção vem dar às praias de uso e costume naturista a possibilidade de poder praticar a nudez social em local próprio e de acordo com a lei. A decisão, sobre o processo, iniciado em setembro de 2014, foi tomada na Assembleia Municipal de Almada de 26 de junho e solicitada pela Federação Portuguesa de Naturismo com o aval do turismo regional. A principal diferença entre "praias de uso e costume" e as "praias oficiais" recai sobre o reconhecimento por entidades públicas com jurisdição sobre o território. "Ao passo que as praias oficiais têm esse reconhecimento público, as praias de uso e costume são assim consideradas pela prática do nudismo existente e conhecida pela população local", explica Rui Elvas.
Além da Federação Portuguesa de Naturismo existem outras associações pelo país que defendem esta prática, como o Clube Naturista do Centro, o Clube Naturista do Algarve, os Jovens Pelo Naturismo e a Sociedade Portuguesa de Naturalogia.
Na praia da Adiça, ao contrário de outras praias naturistas cujo acesso é dificultado, veem-se desde famílias a aproveitar o sol sem deixar quaisquer marcas de fato de banho, a casais que experimentam esta prática pela primeira vez ou outros veteranos.
"É a verdadeira liberdade"
Em pleno areal, José e Anca espelham o verdadeiro sentimento de praticar naturismo já que ele, frequentador desta praia há muito tempo, convenceu a sua companheira a acompanhá-lo na experiência. Ele pratica naturismo desde criança com os pais e quando conheceu Anca conseguiu convencê-la a retirar a roupa e experimentar "a sensação verdadeira de liberdade". Anca, por seu lado, admite algum nervosismo na primeira vez que se libertou da roupa em público - mas em nenhum momento se arrependeu. "Só quem pratica naturismo sabe a verdadeira diferença entre usar biquíni e usar nada. Muitos confundem naturismo com exibicionismo mas essa ideia é completamente errada".
Da larga experiência na prática de naturismo, o casal já assistiu a situações menos dignas que os prejudicaram enquanto estavam na extensão de areal. Desde "mirones" com câmaras de vídeo a filmar as mulheres desnudadas ou queixas que motivaram a presença da polícia, que "convidaram" a vestir roupas, José e Anca desejam que haja respeito em relação a esta prática.
Um jovem casal proveniente de Viseu escolheu a praia da Adiça para experimentar pela primeira libertar-se do fato de banho. "É uma experiência muito boa, a repetir com certeza". Desde que estejam criadas as condições ideais para a prática do naturismo, o turismo deste setor vai crescer certamente, condições essas que passam simplesmente por aceitar este estilo de vida sem a perversidade associada a quem o pratica. Esta distinção oficial à praia da Adiça vem, por um lado, dar o tal "descanso para os naturistas" e por outro, aumentar o turismo internacional. "Os turistas que praticam naturismo não frequentam praias que não sejam oficiais", admite Rui Elvas. "Não queremos monopolizar a prática de naturismo a partir de um aumento exponencial de praias oficiais, já que são públicas e acessíveis a todos, mas apenas afastar situações constrangedoras".
Adiça, em Almada, é a mais recente
A Adiça, perto da praia da Fonte da Telha, em Almada, desde há muitos anos considerada praia de uso e costume naturista, entrou há cerca de um mês na lista de praias oficiais em Portugal pela Federação Portuguesa de Naturismo. A distinção vem dar às praias de uso e costume naturista a possibilidade de poder praticar a nudez social em local próprio e de acordo com a lei. A decisão, sobre o processo, iniciado em setembro de 2014, foi tomada na Assembleia Municipal de Almada de 26 de junho e solicitada pela Federação Portuguesa de Naturismo com o aval do turismo regional. A principal diferença entre "praias de uso e costume" e as "praias oficiais" recai sobre o reconhecimento por entidades públicas com jurisdição sobre o território. "Ao passo que as praias oficiais têm esse reconhecimento público, as praias de uso e costume são assim consideradas pela prática do nudismo existente e conhecida pela população local", explica Rui Elvas.
Além da Federação Portuguesa de Naturismo existem outras associações pelo país que defendem esta prática, como o Clube Naturista do Centro, o Clube Naturista do Algarve, os Jovens Pelo Naturismo e a Sociedade Portuguesa de Naturalogia.
Na praia da Adiça, ao contrário de outras praias naturistas cujo acesso é dificultado, veem-se desde famílias a aproveitar o sol sem deixar quaisquer marcas de fato de banho, a casais que experimentam esta prática pela primeira vez ou outros veteranos.
"É a verdadeira liberdade"
Em pleno areal, José e Anca espelham o verdadeiro sentimento de praticar naturismo já que ele, frequentador desta praia há muito tempo, convenceu a sua companheira a acompanhá-lo na experiência. Ele pratica naturismo desde criança com os pais e quando conheceu Anca conseguiu convencê-la a retirar a roupa e experimentar "a sensação verdadeira de liberdade". Anca, por seu lado, admite algum nervosismo na primeira vez que se libertou da roupa em público - mas em nenhum momento se arrependeu. "Só quem pratica naturismo sabe a verdadeira diferença entre usar biquíni e usar nada. Muitos confundem naturismo com exibicionismo mas essa ideia é completamente errada".
Da larga experiência na prática de naturismo, o casal já assistiu a situações menos dignas que os prejudicaram enquanto estavam na extensão de areal. Desde "mirones" com câmaras de vídeo a filmar as mulheres desnudadas ou queixas que motivaram a presença da polícia, que "convidaram" a vestir roupas, José e Anca desejam que haja respeito em relação a esta prática.
Um jovem casal proveniente de Viseu escolheu a praia da Adiça para experimentar pela primeira libertar-se do fato de banho. "É uma experiência muito boa, a repetir com certeza". Desde que estejam criadas as condições ideais para a prática do naturismo, o turismo deste setor vai crescer certamente, condições essas que passam simplesmente por aceitar este estilo de vida sem a perversidade associada a quem o pratica. Esta distinção oficial à praia da Adiça vem, por um lado, dar o tal "descanso para os naturistas" e por outro, aumentar o turismo internacional. "Os turistas que praticam naturismo não frequentam praias que não sejam oficiais", admite Rui Elvas. "Não queremos monopolizar a prática de naturismo a partir de um aumento exponencial de praias oficiais, já que são públicas e acessíveis a todos, mas apenas afastar situações constrangedoras".