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quarta-feira, 30 de junho de 2010

“Sozinho não vou. É preciso entrar pelado”

00h29m
Marta Neves

A propósito da inauguração de pronto-a-vestir, na Baixa do Porto, loja ofereceu roupa às 20 primeiras pessoas que entraram nuas. Centenas de curiosos assistiram.
Uns, foram três horas antes, afoitos para serem os primeiros a chegarem. Outros, só apareceram para “mirarem” e também acabaram despidos.
Tudo valeu, ontem à hora de almoço, no centro comercial Gran Plaza, situado na Baixa do Porto, onde, a propósito da inauguração de uma loja de roupa, era sugerido ao público para entrar nu no estabelecimento. Em troca, os “corajosos” saíam integralmente vestidos sem pagarem nada.
Uma hora antes da iniciativa começar, a intenção de Vasco Nina, director de marketing da marca “Code”, era conseguir “bater os recordes” alcançados na abertura de outras duas lojas.
“Na Covilhã estavam 200 pessoas à espera, mas apenas nove tiveram coragem de se despir. Já em Paços de Ferreira, apenas três ficaram nus”, contou o empresário, que apostava que o evento na Invicta seria “um salto de fé”.E uma hora depois, confirmou-se as melhores das expectativas: mais de 200 pessoas na assistência, acotovelando-se à entrada da loja, e 20 finalistas: três mulheres e 17 homens, “despidos de preconceitos”, conforme desabafou Ângelo Castro, 47 anos, que desta forma aproveitou “uma excelente oportunidade de ter roupa nova”. “Já andava com as sapatilhas rotas”, confessou.
Também seguro que estava a “concretizar uma coisa única na vida”, Amílcar Alves, de 60 anos, deixou a mulher à porta e até fez poses para a assistência.Menos segura estava Cristina Leal, 27 anos, do Porto. “Ainda hesitei duas vezes, mas como o meu namorado também vai participar, decidi arriscar”. “Há que mudar mentalidades”, acrescentou.
Porém, às 13 horas em ponto, apenas Cristiana continuava sozinha a “honrar” o grupo das mulheres. Já o “risco de exposição”, esse, acabou por ser mínimo para os 20 corajosos.Virados de costas para o público, enquanto se despiam, andaram menos de três metros nus até à entrada da loja. Já dentro do estabelecimento, com roupões, escolheram as roupas - a oferta incluía sapatos, roupa interior, calças, camisa, camisola e casaco.
“Não tinha coragem para participar, porque já tenho a pele toda encorrilhada”, disse Ilda Teixeira, 67 anos, que foi ao “shopping de propósito só para espreitar”. Paula Mota e Noémia Trindade, vendedoras de produtos de cosmética no Gran Plaza, nunca viram o centro comercial “tão cheio” e, por isso, apelam à necessidade de “mais iniciativas como esta acontecerem”.
As escadas rolantes, usadas por público que andava à procura de um melhor ângulo dos despidos, nunca como hoje tiveram tão concorridas e as varandas dos pisos superiores tornaram-se escassas.
Sozinho não vou. É preciso entrar pelado?, gritava, o brasileiro Ricardo da Silva, ao telemóvel. Mas, feitas as contas, e somadas os ganhos, o jovem ficou nu. “Para a próxima, volto a estar lá”, concluiu.

Noticia Jornal de Noticias, 30/06/2010

domingo, 27 de junho de 2010

Para quando as férias?


Este ano as férias estão um pouco complicadas. Por dificuldade em conjugar os tempos de férias de cada um, pensamos que este ano serão mais curtas, no entanto parece que só agora é que conseguimos ter algumas datas confirmadas, o que nos levou a procurar alguns destinos. Gostaríamos muito de responder ao apelo do nosso presidente da república que devido à crise europeia salientou a necessidade de efectuar férias dentro do nosso país, e como tal pesquisámos alguns destinos, com a vertente nudista sempre presente, mas infelizmente a falta de infra-estruturas, bem como os preços praticados nos afastam dos destinos nacionais. Pensámos em Odeceixe e a suas praias de nudismo, e como temos um parque de campismo perto, poderia ser um bom destino, no entanto os preços praticados comparados com o parque de Almanat em Espanha, bem como as condições de cada parque, nos leva a pender por Espanha. O mesmo se passou com o Parque dos Carriços, que não conhecemos mas seria uma boa altura para conhecer, mas a falta de boas praias perto do parque também nos leva a pensar em destinos fora do nosso país. Porque, por incrível que pareça, os preços praticados no nosso país são os mesmos ou mais caros que em Espanha, e em Espanha a nível de nudismo as infra-estruturas são bastante melhores, não havendo necessidade de nos preocuparmos em deslocações para chegarmos a uma praia nudista. Por fim ficámos muito inclinados para gozar férias em Costa Natura, em Espanha, e se conseguirmos será uma nova experiência nudista para mais tarde recordar, no entanto só mais lá para a frente é que saberemos se é ou não possível, se não for podemos sempre fazer o mesmo do ano passado que é frequentar a praia do Meco durante as semanas de férias, além da frequência normal de fins-de-semana entre Julho e Setembro.

Chegou o Verão

No dia 21/06 às 12.29h chegou o Verão. Será que vamos ter finalmente tempo quente e sem vento ou chuva? É que na Primavera os dias foram muito ventosos e frios, impossibilitando qualquer ida à praia, o que habitualmente acontecia a partir de Maio quando o tempo já o permitia. Infelizmente este ano não foi possível, pois quando planeávamos a ida à praia, na manhã do dia em causa reparávamos que o São Pedro não ajudava estando um dia ventoso, e como o Meco em dias normais já apresenta algumas vezes vento, em dias ventosos então muito mais. O problema é que as previsões não auguram nada de bom, havendo alguma instabilidade em termos de temperatura, além da continuação do vento. Há quem diga que são mudanças dos tempos, esperamos que o tempo então estabilize para que possamos começar com as nossas idas à praia

Proibidos decotes e saias curtas

Na semana passada deparámo-nos com a informação nos jornais, da proibição dos
alunos em usarem tops, calções e chinelos nas aulas. Ao fazermos uma pesquisa na net encontrámos outras escolas com o mesmo “código de vestir”. Nós em alguns casos até podemos concordar com esse código, pois existem muitos jovens que hoje em dia aderem a certas modas que nos deixam pasmados, como a das calças com os boxers à vista (quando têm boxers), no entanto as justificações que os professores deram para procederem a estas proibições é que nos dão que pensar.
Num dos casos o professor, segundo as notícias divulgadas, terá sentido incómodo para dar a aula porque uma das alunas tinha um top decotado que deixava visível a parte superior dos seios, noutro caso o professor sentiu-se incomodado por conseguir ver as cuequinhas de uma menina.
Ora estamos a falar de casos com meninas de cerca de 13 anos o que nos coloca uma questão, o problema estará só nas alunas ou muito na cabeça dos professores, pois então estes senhores não podem ir à praia nem sair à rua, pois em Portugal, país com um clima mais quente, os decotes são normais. Além disso devemos ter em atenção a fisiologia da mulher portuguesa, que desde pequena tem umas formas roliças com seios maiores. É uma característica da mulher portuguesa (assim como em certos países as mulheres têm seios pequenos, ou pele mais branca, ou cabelo mais loiro) e temos que apreciar as suas formas e entender que ao usar alguns decotes os seios se possam notar mais, mas condicionar aquilo que se veste ou até proibir algumas peças de roupa, achamos ser demais.
Um jornal chegou a noticiar que a direcção de uma escola terá obrigado uma aluna a vestir uma camisola pois trazia um top de alças decotado e foi achado impróprio, ou que terá também obrigado uma professora a regressar a casa para trocar uns calções tipo corsário, que trazia vestidos.
Mas não ficamos por aqui, pois se pesquisarmos bem, encontramos fora das escolas, em algumas empresas ou serviços públicos, também algumas considerações (proibições) à maneira de vestir dos seus funcionários.
A loja do cidadão de Faro é disso um exemplo, pois estabeleceu uma série de normas sobre a indumentária das suas funcionárias. Ficou assim estipulada a proibição do uso de saias curtas, blusas decotadas, gangas, saltos altos, sapatilhas, roupa interior escura e também de perfumes com cheiro agressivo, porque assim o contacto com o cidadão seria mais agradável e menos incomodativo.
Quem sabe se as escolas ainda irão impor o uso de uniformes para toda a gente, e os mais puritanos talvez ainda consigam colocar as normas de vestiário como antigamente, em que as senhoras só podiam mostrar o pescoço e as saias só podiam ser elevadas, no máximo, um palmo acima do chão.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Os homens e o nudismo, as mulheres e o nudismo, e os outros.

Este post é baseado na nossa opinião do porquê da existência de menos mulheres nudistas em relação aos homens.Os homens têm mais facilidade em encarar o nudismo, visto que a sua relação com o corpo é mais fácil, pois a maioria não tem muitos problemas com o seu corpo e as diversas transformações que ele vai sofrendo ao longo da sua vida. Muitos homens não se preocupam se estão a criar mais ou menos barriga, e muitos até acham isso como um sinal sexy (quantos não dizem que a barriguinha é sinal de maturidade como homem), ou se estão a ficar mais flácidos ou com menos cabelo, os homens não ligam muito a esses pormenores. No entanto a preocupação já aparece com a possível comparação entre o seu pénis exposto em relação ao dos outros homens. O homem nunca teve grandes problemas em despir-se, desde a infância que para eles é normal despirem-se junto a outros homens, (nos balneários da escola, no banho no ginásio), e desde a infância que o seu subconsciente faz comparações e gere preocupações em relação ao tamanho do seu pénis em relação ao dos outros. Para o homem que pensa em se iniciar no nudismo, as suas maiores preocupações não são a nível estético, mas sim a nível da sua masculinidade – será o tamanho normal? ou então, de certeza que vou ter uma erecção quando vir mulheres nuas – mas estão completamente enganados, pois cada qual tem o corpo com que nasceu, tendo a pessoa simplesmente que se sentir à vontade com ele. Os nudistas sentem-se muito bem com o seu corpo e não tem necessidade de fazer comparações nem fazem nudismo para isso, e em relação às erecções, tal só acontecerá se aliar a nudez a uma imagem sexual, o que não é o caso pois o corpo nu só por si não tem conotação sexual, mas se acontecer basta ter um pouco de descrição.
As mulheres, por seu lado, têm outras situações mais complicadas, e são diferentes em relação aos homens, pois já têm uma preocupação muito maior em relação ao seu corpo (são os seios, a barriga, o rabo, a celulite), e muitas vezes até não existe razão para essa preocupação pois no meio de nudistas ninguém na realidade vai reparar nesses pormenores, mas as mulheres pensam que sim, talvez porque no dia-a-dia isso acontece (muitas vezes entre elas), com comentários usuais e que já todos ouvimos – Estás mais gordinha. Esse cabelo não te favorece. Precisas de fazer ginástica para abater essa barriguinha. Depois de ter filhos ficaste com os seios mais caídos, não foi?, etc, etc, etc.Portanto existe uma maior dificuldade para a mulher se desprender dessas “conotações” que existem no mundo dos têxteis e libertar-se das grilhetas da roupa, aceitar o seu corpo e usufruir da liberdade da nudez sem qualquer tipo de problemas.
Isto é a relação dos homens e das mulheres com o nudismo, mas o verdadeiro problema são os outros. E os outros dividem-se em duas categorias, os camuflados e os descarados (termos nossos). Os camuflados são aqueles que vão para o meio das dunas ou para cima das arribas com binóculos ou máquinas fotográficas dar azo às suas perversões, babando-se ao ver ou fotografar o corpo nu, e os descarados são aqueles que não têm problema em despirem-se e misturarem-se para poderem ter um acesso mais directo à visão do mesmo corpo nu. E aqui o maior problema, temos que concordar, é para as mulheres nudistas, pois a quase totalidade (para não dizer a totalidade) destes mirones são homens, e de certeza que eles não fazem isto para poder ver o corpo nu dos homens, eles fazem isto para poderem ver os corpos nus das mulheres. E para confirmar esta situação basta pensar que um homem pode ir sozinho para uma praia de nudismo sem ser incomodado, enquanto que uma mulher ou mesmo duas mulheres se forem para uma praia de nudismo, passadas umas horas já terão à sua volta alguns homens sozinhos que estarão somente a tentar ter uma visão privilegiada dos seus corpos. Nós com alguns anos de nudismo, já tivemos alguns casos que corroboram estas situações.
Uma vez em Odeceixe detectámos um senhor, já com idade para ter juízo, que se encontrava no cimo da falésia a tirar fotografias a quem estava na praia a fazer nudismo. A nós não nos incomodou muito até porque estávamos debaixo do chapéu-de-sol, mas um casal que estava junto de nós não gostou muito e o rapaz, vestiu-se e subiu até ao sítio onde o indivíduo se encontrava a tirar fotografias (junto à estrada), e depois de alguma troca de cumprimentos tirou-lhe a máquina e foi-se embora. O senhor não gostou, chamou a guarda (entretanto a rapariga saiu pela praia) e esteve algum tempo a apresentar queixa apontando e gesticulando. Ainda hoje por brincadeira imaginamos as justificações desse senhor:
- Senhor guarda, estava eu aqui muito sossegado a tirar fotografias aos animais e plantas, quando um senhor veio lá de baixo da praia, deu-me uns tabefes (isto dos tabefes são influências do Asterix) e levou-me a máquina!
- Mas o senhor não estaria a fotografar os nus na praia?
- Oh senhor guarda, juro-lhe que não, só tirava fotografias aos animais e às plantas. Os nus não me interessam, eles podem estar nus à vontade que eu não vim para aqui tirar-lhes fotografias.
Nós agora podemos achar graça, mas é desagradável termos alguém mais ou menos escondido a tirar-nos fotografias.Mas ainda no ano que passou tivemos casos bem mais visíveis, de pseudo-nudistas que se encontravam no meio de nós.Geralmente tentamos ficar sempre no mesmo lugar, e quando chegamos ocupamos algum espaço com os chapéus-de-sol, cadeiras e alguns brinquedos para as crianças, e não estamos preocupados se quem está perto de nós são casais ou não, e algumas vezes aconteceu (com pessoas sozinhas) que quando chegámos e começámos a montar as coisas as pessoas começarem a olhar para nós com ar de chateados e levantarem as suas coisas e mudarem de sítio pois nitidamente estragámos os seus planos (e nós tentamos manter alguma distância para respeitar o espaço de cada um), ou então estarmos na praia com outros casais por perto e virem mulheres ou raparigas sozinhas para perto por pensarem que talvez possam ficar mais “protegidas”, mas nem assim isso acontece pois algumas vezes só falta juntarem as toalhas de tão perto eles se colocam. Mas a situação mais desagradável que nos aconteceu no ano passado foi a de um senhor nudista (?) que estava no meio dos nudistas, e que de vez em quando ia até perto do mar contemplá-lo, olhava em redor como se tudo fosse normal (depois é que reparámos que ele estava a escolher um “alvo”), ia buscar a sua toalha e deitava-se, primeiro de barriga para cima (para disfarçar) e depois de barriga para baixo de maneira a ficar voltado para as senhoras que estavam a apanhar banhos de sol, de maneira que as pudesse ver na sua intimidade, e ali ficava sem que ninguém desse conta ou se manifestasse. Nós só reparámos pois o elemento feminino do casaisnudistas, estava a apanhar sol e a ouvir música, e ao mudar de posição reparou que o dito senhor estava deitado mais abaixo, masturbando-se a olhar para ela, ela saiu da toalha indo para debaixo do chapéu reclamando em voz alta, o que fez com que o indivíduo saísse do sítio onde estava voltando para o seu lugar depois de passar pela água para lhe passar o calor. E foi assim todo o dia, tendo nós algumas vezes estragado o arranjinho, pois depois de vermos o “alvo” por ele marcado, enquanto ele ia buscar a toalha para se deitar, nós íamos precisamente para esse sítio jogar raquetes, para evitar que ele fosse para lá, o que não o incomodava pois simplesmente escolhia outro “alvo”. Esta atitude demonstrou nitidamente ser uma pessoa com problemas, mas que não tinha qualquer tipo de pudor em se despir para conseguir os seus intentos. Só aconteceu um dia, nunca mais voltou, pelo menos naquele sítio. São atitudes como estas que torna difícil haver mais mulheres a fazer nudismo.