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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS


CASAIS NUDISTAS DESEJA A TODOS OS QUE NOS DÃO O PRAZER DA SUA VISITA OU QUE NOS ACOMPANHAM MAIS REGULARMENTE (E SUAS FAMILIAS), UM FELIZ NATAL - SE POSSÍVEL NUDISTA, COM MUITA PAZ, AMOR E ALGUMAS PRENDAS NO SAPATINHO, E QUE O NOVO ANO DE 2011, TRAGA MAIS COMPREENSÃO E RESPEITO PARA COM OS NUDISTAS, E MAIS E MELHORES PRAIAS COM MELHORES CONDIÇÕES PARA A PRÁTICA DO NUDISMO.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Marisa Miller nua em t-shirts de solidariedade

Mais um exemplo em que se utiliza a nudez para mais fácil divulgação.
Ao menos neste caso por é por uma boa causa.

O blog casaisnudistas tenta apresentar sempre assuntos relacionados com nudismo, no entanto existem alguns temas que são transversais a todas as páginas existentes na net. O cancro é um desses temas.
Já anteriormente fizemos um post relacionando o cancro da pele com o nudismo, neste caso apresentamos uma notícia de uma campanha em que se alia a nudez de algumas celebridades com o combate do cancro de pele.

Notícia CORREIO DA MANHÃ e MARIE CLAIRE
13-12-2010

A modelo Marisa Miller despiu-se para a campanha de solidariedade de Marc Jacobs "Protect the skin you’re in".A fotografia da manequim irá aparecer na colecção de t-shirts do designer, com o objectivo de angariar fundos para a campanha de luta contra o cancro da pele.
A californiana de 32 anos é o novo rosto – e corpo – da acção das t-shirts amarelas vendidas nas lojas Marc Jacobs. Para a foto, Marisa aparece de frente, com os cabelos sobre o peito e usa apenas um par de ténis e uma placa de skate impressa com o nome do Instituto do Cancro de Nova York (NYU Cancer Institute). Como é hábito a entidade receberá a verba das vendas.

Pesquisa efectuada por casaisnudistas

Existem inúmeras interacções com as t-shirts que possuem vários slogans: "Protect the Skin You're In" (Protege a tua pele), "Protect Your Largest Organ" (Protege o teu maior órgão – a pele) e "Save Your Ass" (Salva a tua pele) todos estrategicamente colocados sobre as partes do corpo das muitas celebridades que aceitaram esta causa. Algumas são impressas de frente e de costas, algumas em cor e algumas em cinzento.
A campanha teve início no ano de 2006 e as t-shirts começaram por ser vendidas em angariações de fundos e posteriormente somente nas boutiques Marc Jacob.

Victoria Beckham e Julianne Moore
Robert Duffy e Jason Thompson

Desde essa altura mais modelos se juntaram a esta causa e novas t-shirts foram feitas, no entanto desta feita só em cinzento.
Não existe informação disponível de quantas celebridades já acederam em ceder o seu tempo e corpos para esta campanha, parecem bem mais do que a maioria pensa, no entanto estas sabemos que já posaram:
Winona Ryder, Helena Christiansen, Eva Mendes, Selma Blair, Heidi Klum, Dita von Teese, Naomi Campbell, Carolyn Murphy, Joss Stone, Julianna Moore, Christy Turlington, Hilary Swank, Alison Lohman,… e provavelmente mais.
Nos homens temos o próprio Marc Jacobs, Brandon Boyd, Rufus Wainwright, Jason Thompson bem como outros modelos masculinos.

Heidi Klum e Helena Christensen 
Dita von Teese e Eva Mendes

Inicialmente disponíveis em cores e por 20 dólares, são agora difíceis de encontrar, incluem o nome da/o modelo na manga direita e só se vendem nas boutiques Marc Jacobs por 35 dólares.

A campanha “Protect The Skin You’re In” começou quando Marc Jacobs e o seu sócio Robert Duffy, presidente da Marc Jacobs International, LLC, convenceram algumas celebridades, como Naomi Campbell, Winona Ryder, Rufus Wainwright, Julianne Moore e Selma Blair a posarem sem roupa para uma série de t-shirts relacionadas com o perigo de cancro na pele.

Alison Lohman e Winona-Ryder
Marc Jacobs e Rufus Wainwright

 A campanha teve impacto e consegui alcançar quase 400.000 dólares para a NYU School of Medicine’s Interdisciplinary Melanoma Cooperative Group,  presidida pelo Dr. Iman Osman.
O fotógrafo Brian Bowen Smith, fez várias viagens por todo o mundo para poder fazer as fotos para as t-shirts, em tributo ao falecido médico da NYU, Dr. Jesse Ruben.
A campanha passou a ser anual, com novas modelos como Helena Christensen, Eva Mendes, Heidi Klum e Alison Lohman. 

 Joss Stone e Naomi Campbell
 Christy Turlington e Hilary Swank
Cada hora que passa alguém morre de melanoma, mas quando detectado precocemente a sua taxa de cura pode chegar aos 100%. Melanoma é o cancro de mais fácil detecção precoce, porque só necessitamos de um par de olhos treinados para o efeito.
A mensagem que se tenta passar é não deixar que a vergonha ou embaraço nos impeça de nos despirmos em frente do nosso médico ou de alguém que amemos, e usar o sistema ABCD desenvolvido pelos médicos do NYU Medical Center – para determinar se um sinal poderá ser cancerígeno: A para assimetria; B para bordos irregulares; C para variação de cor; D para diâmetro maior que uma borracha de um lápis e E para a evolução de um sinal existente.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vale a pena pensar um pouco


"A roupa mostra-nos aos outros como queremos, a nudez mostra-nos como somos."

sábado, 27 de novembro de 2010

Os diversos tipos de depilação

Muitas vezes deparamo-nos com a questão da possível preocupação com os aspectos estéticos do nudista, nomeadamente com a única coisa que o nudista pode alterar enquanto nu, que é os pêlos do corpo.
A preocupação do/a nudista com a estética dos seus pêlos e o tipo de depilação que deve praticar ou não, são os mesmos que as pessoas têm quando não praticam nudismo. Mais, pensamos que não há ninguém que vá fazer este ou aquele tipo de depilação diferente do que costuma fazer só porque vai para uma praia de nudistas, a não ser que seja para se libertar duas vezes – da roupa e dos pêlos.
Antigamente pensava-se que os pêlos no corpo tinham diferentes funções – uma função protectora contra o sol e o frio pois podia manter uma camada de ar quente que ajudava a evitar o frio, função protectora contra o roçar da pele e possível aparecimento de feridas (axilas – braços, púbis – pernas), e no que diz respeito aos pêlos púbicos, esses tinham mais funções além da protecção externa ajudavam na protecção interna contra infecções, bem como mostravam a maturidade sexual e o estado de desejo do homem ou mulher com o cheiro que exalavam (não se esqueçam que descendemos dos animais).
Com a evolução dos tempos muitas dessas funções foram substituídas. A função da protecção da pele foi substituída pela roupa e em tempos de calor temos defesas que fomos criando para nos refrescar (o consumo de água, a procura de lugares frescos ou molhar o corpo nas piscinas ou no mar). A protecção da pele contra o atrito foi substituída por cremes que ajudam a pele e permitem que as axilas e a púbis possam ser mais bem tratadas evitando assim maus cheiros que embora ajudassem, à muitos anos atrás na disponibilidade sexual, hoje em dia já não se aplicam. Em relação aos pêlos púbicos e a sua protecção contra os agentes externos que pudessem provocar alguma infecção, com as roupas, as mais apertadas principalmente, essa função começou a funcionar ao contrário, sendo a presença dos pêlos o factor não de protecção mas sim de infecção, e com o aparecimento das depilações começou, para muitas pessoas, a não fazer sentido a sua presença.
No entanto nos tempos que correm, num ambiente nudista já ninguém repara para o tipo de depilação que cada um prefere (ainda nos lembramos que à 9 anos atrás as pessoas numa praia de nudismo olhavam se os corpos aparecessem mais depilados), havendo de todos os tipos:
Sem depilação, mais ou menos depilados/as ou totalmente depilados/as.
Alguns amigos perguntam-nos se a depilação total não expõe muito a genitália, principalmente a feminina, pois a masculina está sempre exposta.
Claro que sim, no entanto quem usualmente faz este tipo de depilação não deixa de a fazer só porque vai para a praia, além de que o/a nudista não faz nudismo para poder ver as partes dos corpos dos outros, nem se preocupa que os outros possam ver as suas partes do corpo. Simplesmente sente-se confortável com o seu corpo, depilado ou não.

sábado, 20 de novembro de 2010

Noivos nudistas geram polémica

NOTÍCIA JN
Cláudia Rocha

Uma nova tendência nos casamentos chineses está a gerar uma enorme controvérsia em Xangai. Contra todas as tradições, os noivos fazem álbuns de fotografias completamente nus. "Má influência moral", acusam uns, "pornografia" acusam outros. Inúmeros estúdios de fotografia de Xangai estão a especializar-se neste negócio polémico e, pelos vistos, não faltam clientes.
As fotografias dos noivos são tiradas meses antes do casamento. Alguns casais posam completamente despidos. Mas há também quem prefira cobrir apenas as partes íntimas com uma peça decorativa.

A nova moda é criticada pela Associação de Casamentos de Xangai que ameaça pedir ao Governo chinês que termine com este modelo de negócio.
O advogado chinês Liu Chunquan disse à imprensa local que se as sessões fotográficas forem realizadas em locais devidamente apropriados não há lugar a qualquer crime. Já a divulgação destas imagens é considerada pornografia, logo punida por lei.
Lina Ele, vice-presidente da Associação de Casamentos de Shanghai, acusa, por sua vez, as empresas e profissionais que fazem este tipo de trabalho de serem uma "má influência moral", uma vez que, fotografar o casal despido, "vai contra a tradição conservadora chinesa". Esta moda "é um desrespeito à instituição do casamento sagrado", reitera.
Além disso, Lina Ele mostra-se bastante preocupado com a preservação da privacidade dos noivos, relembrando que estas fotos íntimas podem ser publicadas na Internet por fotógrafos imorais.
A Comissão do Consumidor também já tomou posição sobre o assunto, aconselhando apenas aos noivos para assinarem um documento de confidencialidade, de modo a "protegerem os seus direitos em caso de violação da sua privacidade". Por outro lado, há quem acredite que fotografar esposos nus "captura o amor e a intimidade do casal"...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Projecto de lei aprovado no Parlamento

03.11.2010 - 18:31 Por Lusa

O Parlamento aprovou hoje, por unanimidade, o projecto de lei que define a prática do naturismo, cujos espaços serão autorizados pelas autarquias e deverão manter-se a pelo menos 750 metros de povoações, escolas, conventos ou santuários.
A iniciativa legislativa do Partido Ecologista “Os Verdes” define como espaços de naturismo as “praias, piscinas, recintos de diversão aquática, spas, ginásios, empreendimentos turísticos, estabelecimentos de restauração e bebidas”.
É igualmente permitido o naturismo “nos espaços públicos em que, à data da entrada em vigor da presente lei, esta se tenha já implantado”.
Os locais de naturismo devem guardar “distância suficiente, em regra não inferior a 750 metros, do mais próximo aglomerado urbano, estabelecimento de ensino, colónia de férias, convento ou santuário em que, ainda que de forma intermitente, seja celebrado culto religioso, exceptuando-se os casos em que a existência de barreiras visuais permite salvaguardar a privacidade destes espaços”.
“As praias autorizadas para a prática de naturismo serão devidamente sinalizadas, a pelo menos 100 metros do seu limite, nos respectivos acessos”, define igualmente o diploma.
Os empreendimentos turísticos, restaurantes, bares, piscinas, recintos de diversão aquática, spas e ginásios devem guardar “relativo isolamento em relação ao exterior”.

E assim foi aprovado o novo projecto lei que se julga irá melhorar as condições do nudismo em Portugal, reduzindo a distância entre as praias e os centros de 1500 metros, que era o que existia para 750 metros, não indo até os 500 metros como a Partido Ecologista "Os Verdes" desejava, mas já é um avanço significativo. De resto quase todas as pretensões que se encontravam em discussão foram aceites, podendo nós nudistas/naturistas esperar o aparecimento de mais praias nudistas legais, praias essas onde já se praticava nudismo/naturismo e por este novo projecto de lei deverão ser aprovadas. No entanto temos que contar que as autarquias terão sempre a última palavra e existem muitos autarcas sem a sensibilidade necessária para aceitar que uma praia nudista seja legalizada. No entanto se houver visão por parte dos autarcas em relação às praias, que se estenda também à permissão de instalações nudistas (resorts, hoteis) que ao funcionarem em espaços vedados estarão dentro da lei, e poderão dar um impulso ao turismo nesta área.
Outra situação que achamos que deve ser bem pensada é a sinalização a ser utilizada, que a nosso ver deve ser com informação que não deixe dúvidas do que as pessoas irão encontrar ao entrarem nessas praias e devem ser únicas, ou seja quer se vá à praia no Norte, no Centro ou no Sul a sinalética utilizada deve ser a mesma com a mesma mensagem.
No entanto com já dissemos noutra altura, mais um passo foi dado.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Outubro mês da prevenção

Muito se tem falado dos riscos que os nudistas correm em se exporem totalmente ao sol, e muitas vezes nos perguntam - ao elemento feminino - se não sente medo do cancro da mama. É claro que os nudistas/naturistas devem proteger a sua pele dos raios solares utilizando bons protectores, no entanto o sol é nos tempos que correm, um dos factores preventivos de alguns tipos de cancro, nomeadamente o cancro da mama.
Aqui fica um artigo, publicado no jornal DN no ano de 2007, e que recuperámos para mostrar neste post.
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Exposição ao sol pode prevenir cancro da mama

por
JOSÉ MÁRIO SILVA06 Agosto 2007
 
Nos últimos anos, não têm faltado os discursos alarmistas sobre os muitos riscos da exposição às radiações da luz solar, entre os quais o aumento da probabilidade de contrair cancro da pele. Um artigo que acaba de ser publicado no American Journal of Clinical Nutrition vem, contudo, relativizar esta espécie de pânico médico que tornou infernal, para muitas pessoas, uma simples ida à praia.
Segundo a equipa da Creighton University, de Omaha (Nebraska), responsável pela investigação, se as mulheres que se expõem pouco ao sol reduzem o risco de cancro na pele, estão simultaneamente a aumentar as hipóteses de virem a desenvolver cancro da mama, cuja probabilidade está relacionada com os níveis de vitamina D na corrente sanguínea, sobretudo nos períodos que se seguem à menopausa. Quanto mais vitamina D houver em circulação, menor o risco. E a maior parte da vitamina D é sintetizada pela exposição da pele à luz solar.
Os investigadores de Omaha estudaram 1179 mulheres com mais de 55 anos, que não tinham antecedentes de doenças oncológicas. Divididas aleatoriamente em vários grupos, receberam três "tratamentos" diferentes: umas apenas suplementos de cálcio, outras uma mistura de suplementos de cálcio com vitamina D e outras ainda um placebo. Ao fim de quatro anos, os resultados demonstraram que o cálcio revelava algum efeito protector, mas que este era potenciado pela presença da vitamina D, que reduzia o risco em mais de metade, quando comparado com o grupo de controlo (placebo). Estes resultados reforçam a evidência empírica de que as mulheres que vivem mais perto do Equador, logo com maior exposição solar, revelam menor incidência de cancro da mama.
"O facto de verificarmos uma redução dos riscos de todos os tipos de cancro [e não apenas do cancro da mama], sempre que há concentrações elevadas de vitamina D, é consistente com a informação epidemiológica, cada vez mais vasta, que evidencia que tanto o risco de cancro como a mortalidade oncológica são inversamente proporcionais à exposição ao sol e respectiva produção de vitamina D", afirmaram os investigadores.
Outro estudo realizado na Harvard Medical School, e publicado em Maio na revista Archives of Internal Medicine, apresentou resultados similares, sendo que o seu âmbito era muito mais vasto, uma vez que acompanhou 30 mil mulheres, de todas as idades, durante 15 anos. Mais uma vez, a conjunção do cálcio com a vitamina D está relacionada com uma redução de 40% do cancro da mama antes da menopausa.
Além da que é sintetizada na pele, a vitamina D pode ser obtida através de vários alimentos, como o leite, os ovos, óleos de peixe, legumes e margarinas. Investigações mais antigas já tinham detectado o efeito benéfico desta vitamina na prevenção dos cancros do cólon e da próstata.
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No entanto, e sendo um dos grandes flagelos que assola a nossa saúde, gostaríamos de nos aliar a uma campanha que teve ínicio em Setembro e que se prolonga pelo mês de Outubro (mês da prevenção do cancro da mama), em que se alerta para a necessidade de se fazer uma observação frequente, e consequentemente fazer um rastreio ou consultar o seu médico.Por estas campanhas vale a pena a união.

Direito à diferença


Muitas vezes ao olharmos à nossa volta e ao vermos as situações porque já passámos em praias legalizadas – o sermos observados ou até mesmo criticados -, e ao vermos as condições existentes para a prática do nudismo/naturismo e as diversas situações que lemos que alguns nudistas passam, nos faz pensar cada vez mais que ser nudista/naturista é ser diferente e muitas vezes é também ser descriminado ou criticado.
Se pensarmos bem podemos fazer uma comparação entre os nudistas e outros grupos que também passam por situações idênticas se não piores. Os homossexuais, as pessoas de cor, os chineses, etc, todos eles em algumas situações e com algumas pessoas também são recriminados e também existem preconceitos em relação a eles tal como existe em relação aos nudistas/naturistas. Algumas pessoas poderão pensar que esta comparação é um pouco excessiva mas se pensarmos um pouco podemos facilmente chegar a esta conclusão. Se não vejamos o que acontece quando se fala em nudismo/naturismo e a colagem que logo se faz ao carácter sexual, e quantos de nós não passaram pelo olhar de algumas pessoas que quando sabem que fazemos nudismo nos olham de uma maneira

que indicam o seu pensamento (“este tipo deve ser depravado, exibicionista, tarado sexual”), e quando sabem que também os nossos filhos fazem nudismo ou encaram a nudez de maneira normal e que é muito natural andarmos todos nus em casa, o pensamento e muitas vezes o comentário vai para os problemas da mente que estamos a criar nessas crianças com este tipo de educação. Encaremos os factos muitas vezes somos descriminados e existem preconceitos em relação a nós, e isso pode-se provar mostrando a dificuldade que temos em podermos usufruir de espaços para o efeito com o mínimo de infra-estruturas sendo esses espaços obrigados a terem uma distância mínima das zonas de população, escolas, igrejas e outros centros, quando qualquer pessoa pode circular livremente em calções ou biquíni pela rua, sendo as praias têxteis muitas vezes dentro das próprias localidades ou até no centro dessas localidades (Cascais por exemplo).
Somos diferentes? Somos. Encaramos a nudez de maneira simples e sem tabus e não temos quaisquer preconceitos em relação ao corpo, pois sentimo-nos bastante bem com o que temos, mas como dizia uma campanha publicitária - todos diferentes, todos iguais. Por favor dêem-nos o direito à diferença.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nudismo – não obrigado. Só bronzeado sexy.

Muitas vezes nos perguntam porque fazemos nudismo? E a resposta será sempre porque nos sentimos bem com a nudez e porque gostamos, mas principalmente porque quebrámos uma barreira quando experimentámos, que foi a barreira das roupas. E o importante foi mesmo predispormo-nos a experimentar e depois então dizer se gostávamos ou não.
No entanto já nos deparámos com declarações de pessoas que dizem que não gostam de nudismo sem nunca terem experimentado a sensação que proporciona a quem experimenta. O que deixa uma pergunta no ar: Se nunca experimentaram tirar a roupa e andar nu como é que podem dizer que não gostam?
Dizerem que talvez não se sentiriam à vontade ou que teriam vergonha é uma coisa, agora dizer logo que não gostam é outra completamente diferente, e demonstra muitas vezes que existe um tabu relacionado com a nudez, tabu esse que as pessoas mantêm como se fosse uma lei existente (e não estamos a falar de nudez publica como nas praias, mas muitas vezes até a nudez em casa é tabu).
Outra das situações que nos deixam um pouco admirados é o facto de dizerem que o fato de banho ou biquíni é confortável e que as marcas brancas que deixam ficar no corpo são sexy. Então não será mais sexy um corpo todo com a mesma tonalidade sem marcas de qualquer peça de roupa?
E se são sexy as marcas, porque as modelos fazem topless para evitar as marcas no peito e ombros? Ou então porque as mulheres quando estão deitadas na areia desapertam o top,e os homens puxam as pernas dos calções para cima para não ficarem com muitas marcas brancas? Acreditamos que existam pessoas que gostem das marcas da roupa no corpo assim como existem pessoas que não gostam de apanhar sol e preferem ser completamente brancas ao invés de ter alguma cor dada pelo sol, mas dizer que as marcas são sexy é o mesmo que considerar sexy o tão famoso bronzeado à ciclista.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Divulgação nudista/naturista

Depois do último post, em que diziamos entre outras coisas que existia poucas actividades nudistas/naturistas e pouca informação, recebemos um comentário, que agradecemos, a informar-nos do ínicio de um Spa Naturista na cidade do Porto.
Depois de pesquisarmos aqui fica toda a informação que apurámos:
O Clube Naturista do Centro fez um protocolo com o CHC - Central Health Club, no Porto, válido por um ano, para que nos 4ºs Domingos de cada mês, entre as 15.00h e as 17.00h os naturistas possam ter acesso às actividades que o Health Club proporciona.
As actividades disponíveis são:
- Píscina com água do mar
- Jacuzzi
- Sauna
- Banho Turco
- Ginásio

Actualização ao post:
Esta actividade já não se encontra disponível. As actividades disponíveis neste momento podem ser vistas na página  do Clube Naturista do Centro.

sábado, 25 de setembro de 2010

Chegou o Outono

Pois é, tudo tem um fim e o Verão este ano também acabou, e com ele os dias mais compridos e com certeza a praia e o calor.
O Outono chegou e não tarda nada começa o frio, o vento e a chuva, não nos restando alternativa, se não fazer nudismo no quentinho das nossas casas. E que bem que sabe com o frio e a chuva na rua, estar em casa nu com um bom aquecimento (lareira, por exemplo) a funcionar. Este ano achámos que houve claramente um retrocesso do nudismo no Meco, não tendo sido um ano tão bom como o ano passado, mas como o tempo para nós passa a correr, não tarda nada estamos no Natal, logo a seguir o Carnaval, depois a Páscoa, e lá vem o Verão outra vez.
Quem sabe, pode ser que nessa altura já haja infra-estruturas com qualidade que possibilitem fazer nudismo sem incómodos em Portugal, ou pelo menos que a nova legislação sobre o nudismo já esteja aprovada. Achamos que se poderia fazer um pouco mais em Portugal, que não sejam só os encontros convencionais - porque não festas nudistas nas alturas especiais do ano (Natal e Carnaval por exemplo), e também um pouco mais de informação das associações existentes, que nos parece muito escassa.
Nós da nossa parte continuaremos a incentivar a nudez no exterior quando está calor e no interior quando está frio. 

E começou há um ano...

Já passou um ano desde que pensámos em colocar as nossas opiniões acerca do nudismo numa página própria.
No início pensámos em muita coisa, desde a dificuldade que poderia haver em manter o blog apelativo, até ao impacto em termos de visitas que o blog iria ter.
Começámos do zero, pois era a nossa primeira experiência a este nível e valemo-nos do que víamos e gostávamos noutros blogs, e a partir daquilo que vimos surgiram muitas ideias. Fizemos muita pesquisa para conseguir a programação para o que pretendíamos, aprendemos a programar e fizemos alguma programação de raiz, para chegar ao que está visível neste momento. Gostávamos de fazer mais, pois existem ideias que continuam por pôr em prática, mas o tempo que podemos dispensar também muitas vezes não é o ideal.
Quando surgiu a ideia do nome “Casais Nudistas” foi principalmente por sermos um casal praticantes de nudismo, e por acharmos que não existia nada do género para os casais nudistas portugueses, e na altura pensámos que iria haver alguma adesão da parte dos casais em Portugal, que poderiam partilhar as suas experiências de nudismo/naturismo.
Como estávamos enganados, pois não houve grande adesão visível ao blog da parte dos casais portugueses, houve sim algumas tentativas de conotar o blog a sexo, swing e homossexualidade, que tivemos que bloquear pois iria contra a ideia que temos do nudismo, mas isto não nos impediu de manifestar sempre as nossas opiniões sobre os assuntos nudistas que achávamos que devíamos comentar, pois este blog é precisamente e principalmente isso – uma página de opiniões sobre nudismo, gerido por um casal nudista. Enquanto acharmos que vale a pena pôr a nossa opinião, iremos continuar a fazê-lo, depois logo se vê. E no espaço de um ano publicámos 67 posts e tivemos 77000 visitas. Obrigado pela confiança.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Praia de Topless

Depois de alguns dias no campo, as férias continuaram com praia, no sítio do costume – o Meco – para podermos gozar de um bronzear total e tirar as marcas que os fatos de banho deixaram por termos ido para as praias fluviais. E já que tínhamos chegado do campo ao sábado, no domingo lá fomos nós para a praia.
Ao chegarmos à praia reparámos que estranhamente (ou talvez não) as pedras e placas que indicavam a praia nudista/naturista já não estavam visíveis. No entanto mantivemos o nosso rumo em direcção ao local habitual da nossa prática de nudismo, tudo como habitualmente fazemos. Reparámos que havia algumas pessoas espalhadas a fazer nudismo, situação que foi aumentando durante a manhã, no entanto essa situação alterou-se próximo da hora do almoço e começo da tarde, havendo uma redução do numero de nudistas e um aumento do numero de banhistas em topless e têxteis. Quando demos por nós éramos os únicos presentes numa zona nudista mas que já o não aparentava tal era a quantidade de pessoas que não estavam nuas, havendo até uma situação que nos incomodou um bocado pois ouvimos comentários de têxteis/topless perto de nós que diziam que se fossem eles a estarem no meio de nudistas se sentiriam incomodados e se iriam embora, numa mensagem directa para nós. Embora estivéssemos numa praia de nudismo legal e fossem os têxteis que estavam no sítio errado, naquele momento parecia que tínhamos sido nós a invadir uma praia têxtil, como tal levantámos as nossas coisas, vestímo-nos e viemos embora. No entanto antes de sairmos reparámos que a cerca de 100 metros mais para o interior o nudismo não tinha sido afectado e havia uma concentração de nudistas muito maior, mas já estávamos de saída. Durante a semana voltámos a frequentar a praia do Meco mas percorrendo os 100 metros a mais para não voltarmos a ter os mesmos problemas, e notámos que durante a semana havia menos têxteis do que no fim-de-semana e que no novo sitio já não havia a “intromissão” dos têxteis, o que nos permitiu chegar à seguinte conclusão:

1 - A praia de nudismo/naturismo do Meco foi empurrada mais para o interior do que era habitual, o que mostra uma tomada de posição que os têxteis conseguiram ter em relação aos nudistas/naturistas e consequentemente o seu enfraquecimento.

2 - Esse desaparecimento de parte da praia de nudistas/naturistas, embora não muito visível durante a semana, é notório ao fim de semana, com o aparecimento de uma zona onde agora em vez de nudismo se pratica na maioria o topless, podendo nós chamar a essa zona uma praia de topless.

3 - Embora muitas vezes tenhamos chamado à atenção para o deslocar da praia de nudismo/naturismo do Meco mais para o seu interior e consequentemente, mais distante do estacionamento e das infra-estruturas de apoio, e da intromissão dos têxteis em zonas nudistas, será que a situação na praia da Estela, bem como a tomada de posição do vereador e o apelo à violência, não terá acelerado mais esta situação?

Mas apesar destas contrariedades continuamos a achar o Meco como uma praia muito boa e pretendemos continuar a frequenta-la, desde que a zona nudista não se afaste mais ou desapareça.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Caça às bruxas


Embora tenhamos estado de férias no interior centro do nosso país, a usufruir dos benefícios que o ar do campo pode proporcionar, assim como das belas praias fluviais que existem, com muito boas condições e infra-estruturas (pena que não sejam nudistas), mantivemo-nos atentos às questões nudistas que se desenvolveram durante este tempo no nosso país através dos órgãos de comunicação social (que era a única coisa que nos ligava ao resto do mundo, visto que net e telemóveis raramente funcionavam por falta de rede), nomeadamente o caso da praia da Estela.
E ficámos deveras surpreendidos com o que vimos e ouvimos, pois não pensávamos ser possível chegar-se a tal ponto.
Pelo que pudemos apurar já há algum tempo que alguns têxteis se movimentavam para que os nudistas deixassem de frequentar esta praia, tendo havido até alguns confrontos no ano passado, com têxteis a invadir a praia com paus e pedras para expulsarem os nudistas, que dizem praticam actos sexuais à vista de toda a gente. No entanto a polícia marítima afirma que não existem queixas desse género, e sempre houve um relacionamento cordial entre nudistas e têxteis, e estamos a referirmo-nos a uma praia que, embora não fosse de nudismo legal, era há muito de nudismo tolerado, o que quer dizer que há muito que havia um equilíbrio entre os frequentadores têxteis e nudistas.
Pelo menos até a altura em que foi à assembleia da república o pedido de alteração de lei do nudismo/naturismo.
Pois agora apareceu um senhor vereador da Câmara Municipal da Póvoa do Varzim pelo PS, que veio a público denunciar essas práticas sexuais – se calhar sem nunca ter frequentado a dita praia – e dizer que é inadmissível a prática de nudismo pois importuna os têxteis, visto a praia ser uma praia têxtil.
Tudo isto não passaria de um fait divers político, em que o vereador aparece muito preocupado com o bem estar de algumas pessoas que até podem não ser do seu município, mas faz bem à sua imagem politica, não fosse estar presente na mesma conferência de imprensa, junto com o Sr. vereador, um individuo que apelou à violência para que a prática de nudismo naquela praia deixe de acontecer - "Caso eles [os nudistas] continuem aqui, a população pode optar pela violência", bem como os comentários que nos dias seguintes apareceram na televisão, nomeadamente uma pessoa que dizia que se o nudistas continuassem na praia teria que tomar medidas drásticas.E aqui, sim ficámos surpreendidos. Não só pela situação de ameaças de violência contra nudistas, só porque não se concorda com a filosofia de vida seguida por estas pessoas, mas mais grave, a intervenção de pessoas com responsabilidades políticas a nível camarário e que dão o seu aval, quer através do discurso quer através da presença em conferências de imprensa em que se apela à violência.
O próximo passo do Sr. vereador é designar a praia como zona balnear designada, para que não seja possível a legalização da praia para o nudismo/naturismo (parece os miúdos donos da bola, é minha só eu é que jogo).
Depois de vermos esta “novela”, comentámos que isto é só o começo pois outras praias aparecerão e outras questões se levantarão, mas o que parece é que voltámos ao tempo da caça às bruxas.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Nudismo: Falta de condições de segurança nas praias preocupa naturistas

No jornal 'Público' de dia 19/07/2010 saiu este artigo que faz menção a muitas situações já focadas por nós neste blog e que passa pela falta de segurança e de infraestruturas nas praias de nudistas, bem como o crescente "empurrão" que os têxteis estão a fazer junto dos nudistas com a sua permanência, muitas vezes de provocação, muitas vezes só para poderem ter uma visão privilegiada dos nus, e no caso que conhecemos melhor - o Meco - temos notado que assim é. Não temos nada contra os têxteis, só achamos que cada qual tem o seu espaço e deve ser respeitado. Aqui fica o texto para ser lido e pensado por todos os nudistas, pois parece que o nudista português só quer o seu espaço para a sua prática, não fazendo muito para "lutar" por ele.

A lei 29/94, que define o regime de prática do naturismo, estipula que estas praias devem ser isoladas e encontrar-se a, pelo menos, 1500 metros de aglomerados urbanos, escolas, colónias de férias, hotéis, parques de campismo ou conventos, mas não acautela a segurança dos banhistas que optam pela nudez.
"As praias não têm nadadores-salvadores, não há concessionários privados que queiram pegar em praias naturistas. Estas praias não têm as condições que deveriam ter", lamentou o presidente da Federação Portuguesa de Naturismo (FPN), Rui Martins.
A praia dos Alteirinhos (Odemira), foi a última a juntar-se à lista oficial que inclui ainda as praias de Adegas (Aljezur), Barril (Tavira), Belavista (Almada), Meco (Sesimbra) e Salto (Sines).
A estas acrescem muitas outras zonas balneares "toleradas", que acolhem um número incerto de nudistas, mas que Rui Martins assegura estar a aumentar já que "as pessoas convivem melhor com o corpo que têm e libertam-se mais".
"Normalmente, quando experimentam, ficam adeptas. Há pessoas que procuram a FPN e convidamo-las a participarem nos nossos encontros. Muitas juntam-se ao movimento", garantiu.
E mais seriam, acredita o responsável da FPN, não fosse a invasão das praias naturistas por "têxteis" (pessoas que não são nudistas) que "inibe o aparecimento de novos adeptos".
"As praias naturistas estão a ser completamente invadidas por 'têxteis'. Na semana passada, no Meco, 80 por cento dos frequentadores eram 'têxteis'. De certa maneira, isso inibe o aparecimento de novos nudistas", contou Rui Martins, acrescentando que os nudistas não estão contra os 'têxteis', mas sim "contra alguns abusos de pessoas que não são nudistas e adoptam comportamentos exibicionistas ou vão para a praia com intuitos menos próprios".
"Já fui abordado numa praia tolerada e resguardada, onde não há 'mirones', por uma senhora que me veio fazer uma proposta indecente", contou à Lusa.
Pior ainda, só os "mirones", que continuam a ser uma presença quase tão habitual nestas praias como os próprios nudistas.
"Há cada vez mais 'mirones'", disse Rui Martins, lamentando a falta de praias e infra-estruturas para nudistas.
Muitas autarquias resistem ainda a este modo de viver e, em muitos casos, o desacordo e o preconceito face ao nudismo chega a gerar conflitos, como aconteceu no ano passado na praia da Estela (Póvoa da Varzim), uma das preferidas pelos nudistas da região Norte.
"Na praia da Estela chegou a haver ameaças de grupos que pareciam milícias populares, armados com paus e pedras. São coisas que não se viam há muitos anos", lamentou o presidente da FPN.
Uma vez que as autoridades da zona "não estão muito interessadas" em legalizar a praia para a prática oficial de nudismo, a Federação optou por nem sequer avançar com um requerimento.
"Se pusermos um requerimento pode haver mais vigilância e inviabilizar no futuro a legalização da praia", justificou Rui Martins.
Oficializar uma praia depende, sobretudo, "da vontade política das autarquias" e a FPN só avança quando o processo tem fortes possibilidades de ter um desfecho favorável.
A Federação começa por avaliar a sensibilidade dos autarcas, contactando os municípios onde existem praias toleradas e frequentadas há muitos anos por naturistas.
"Só avançamos quando temos quase a certeza que o parecer nos é favorável", frisou Rui Martins
O requerimento tem ainda de passar pela consulta a várias entidades antes de poder ser aprovado pela assembleia municipal.
Para os naturistas, estar nu não é só andar sem roupa, mas reflecte também uma determinada filosofia de vida.
"O naturismo é conviver bem com o nosso corpo, não temos problemas em mostrá-lo, nem olhamos de maneira menos própria para o dos outros. Gostamos de conviver naturalmente, apanhar sol e banhar-nos nus", explicou o presidente da FPN. Como descreve o site da FPN, os naturistas prezam a prática da nudez colectiva em harmonia com a natureza, com o propósito de favorecer a auto-estima e o respeito pelos outros e pelo meio ambiente.
(...)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Fim-de-semana de espectáculo rock, confusão na praia.

Foi o que pensámos quando soubemos que no fim-de-semana que passou iria haver um festival rock na zona do Meco. Mas a princípio nem nos causou grande impacto pois quando, na vezes anteriores que fomos à praia passámos pelo recinto onde iam ser feito os espectáculos, reparámos que era mais perto da Lagoa da Albufeira do que do Meco, portanto não haveria problema. Mas na semana passada ao lermos alguns jornais reparámos que aconselhavam as pessoas que iam ao festival, para passar o tempo durante o dia, a irem para a praia nomeadamente para a praia do Meco e que inclusive, informavam que do lado esquerdo da praia podiam encontrar nudistas. Aliado a tudo isto, as informações de que haveria restrições de trânsito, bem como a presença de Prince no Domingo (dia em que íamos à praia), já nos deixou preocupados. Mas mesmo assim fomos, pensando que se houvesse algum problema para circular poderíamos sempre voltar para trás. Felizmente para lá fomos sem problemas, até porque vamos cedo para a praia para as crianças poderem usufruir do sol, ficando nas horas de maior calor à sombra dos chapéus. E prevendo já uma enchente maior andámos ainda mais para o interior da praia nudista, com queixas das meninas da família (são duas, mãe e filha, mas queixam-se bastante, principalmente a pequena porque têm de andar muito, e a areia cansa). Montámos as nossas coisas e fizemos as nossas actividades normais de brincadeira junto ao mar, no entanto fomos reparando que não havia tantos nudistas como é habito, perguntando-nos se seria por causa do festival, havia sim era muitos grupos de jovens, que vestidos ou em topless começaram a ocupar a praia, sem problemas. O dia decorreu normalmente, com a presença da polícia quer na areia como no mar, ao que nos perguntámos se seria uma novidade para ficar ou algo só para o festival, mas à tarde reparámos que numa praia nudista tínhamos ficado reduzidos a 4 casais nus espalhados numa zona em que habitualmente é predominantemente nudista, e que para podermos ir ao mar tínhamos que circular por entre grupos de têxteis como se tivéssemos precisamente numa praia têxtil e não o contrário.

Nudismo Vs Nudez Opcional

Com isto tudo colocamos a seguinte pergunta:
Se quando vamos para uma praia têxtil e nos despimos, as pessoas dessas praias podem chamar o cabo-do-mar, que nos obriga a vestir, nos dá uma lição de não podermos estar nus numa praia em que não é permitido, e até nos pode multar, será que nós podemos fazer o mesmo numa praia nudista em relação aos têxteis que lá vão sem se despirem?
Já sabemos que algumas respostas vão ser que o nudismo só é permitido em praias legalizadas, e que temos que respeitar a lei, etc…Por isso mesmo, respeitando nós a lei, indo para uma praia de nudismo, e sendo em Portugal as praias consideradas de nudismo e não de nudez opcional (como acontece em alguns países), porque não podemos chamar o mesmo cabo-do-mar para obrigar as pessoas a despirem-se, dar-lhes o mesma lição e até multá-los por estarem vestidos em zona imprópria para o efeito? Só de imaginar a situação de poder multar têxteis por estarem a circular em zonas nudistas já dá vontade de rir.
Mas ficámos com uma referência para o futuro - praia em dia de festival rock, nem pensar. É preferível fazer nudismo em casa.

terça-feira, 6 de julho de 2010

1º Dia de praia

Domingo foi o nosso 1º dia de praia.
Levantar cedo para não apanhar trânsito e chegar ao Meco com tempo para ter estacionamento à sombra. Muito calor logo pela manhã, o rádio anunciava 35º para durante o dia e já estavam 27º às 09.00h. A criançada ia toda satisfeita por ser finalmente o dia de praia há muito prometido. Quando chegámos já a praia estava com algumas pessoas, fomos para o sítio habitual e montamos o nosso espaço com as toalhas e os chapéus-de-sol. O mar estava bravo (bandeira amarela) e a água estava um pouco fria, no entanto as crianças acharam óptima e fartaram-se de brincar à beira mar. Muita gente a fazer nudismo, mas também muitos têxteis a misturarem-se. Nada de extraordinário não fosse aqueles que ficam a olhar fixamente para as pessoas nuas como se nunca tivessem visto, ou então os que ao passearem junto ao mar param para admirarem melhor os corpos nus. O elemento feminino deste blog pela primeira vez sentiu-se incomodada, e com razão, pelos têxteis que, sem mostrarem qualquer problema, se punham parados a olhar fixamente para o corpo dela e de outras mulheres que estavam na água. Não é nada agradável e se os confrontamos ou olhamos directamente para eles ainda são mal-educados. Como ela dizia – “Parece que somos uns macaquinhos que estamos aqui para sermos vistos”. No entanto tudo se ultrapassou. Notámos a presença de mais estrangeiros a fazerem nudismo (principalmente alemães) o que é muito bom. E achámos que os têxteis estão a chegar a praia de nudismo/naturismo um pouco mais para longe do que era habitual. Continuamos a achar que faz falta uma zona bem delimitada e marcada como praia de nudismo/naturismo, e até comentámos que a quantidade de pessoas que ontem estava na praia a fazerem nudismo, se se unissem poderiam fazer coisas muito boas para o nudismo/naturismo do Meco, mas infelizmente as pessoas parece que só querem fazer o seu nudismo, no seu espaço e pouco mais. É pena.
À tarde, na hora de maior calor mantivemo-nos debaixo dos chapéus a descansar e a jogar, que com o sol não se brinca, e depois então fomos para a água novamente para nos refrescarmos, agora com menos pessoas a “passear”. No fim da tarde começou uma das características do Meco, que é de repente começar muito vento, e lá começam as pessoas a correrem atrás dos chapéus. Hora de vir embora, (também para não apanhar muito trânsito) cansados mas satisfeitos.
Durante a semana, trabalho mas no próximo fim-de-semana à mais…

sábado, 3 de julho de 2010

Topless? Cá dentro não.

Em conversa com algumas amigas chegamos à conclusão que algumas pessoas têm algum receio de expor o corpo, ou partes dele, no seu país, mas quando vão de férias para o estrangeiro, expõe-no sem problemas.
Algumas pessoas nem no dia-a-dia usam roupas com decotes ou saias porque têm uma imagem bem vincada nos trabalhos que têm e acham que se a mudarem perdem o respeito dos colegas, e em relação à praia, topless ou nudismo – em Portugal – nem pensar.
Pelo que nos dizem, tem a ver com a possibilidade de encontrarem alguém conhecido e que fiquem numa posição difícil em relação a essa pessoa, mas no entanto no estrangeiro, já não há problema em encontrar alguém conhecido, nem nas ruas, nem nas praias, logo podem andar com decotes, sem soutien, com saias, mini-saias, calções, o que for. E na praia, topless claro.
Temos uma amiga que trabalha numa grande companhia internacional, com sede em Londres, que chega a pensar na possibilidade em encontrar alguém da administração, ao que já lhe dissemos que mesmo que ela dê de caras com os membros da administração, toda nua, não faria diferença pois eles de certeza que não sabem quem ela é (de certeza que nem os da administração em Portugal, quanto mais os de Londres).
Mas esta é uma ideia um pouco generalizada que existe e que passa por a pessoa se sentir mais desinibida em zonas distantes da área por onde costuma circular, e quanto mais longe mais desinibida se torna.
No entanto até as pessoas mais famosas têm a mesma opinião. Ainda há pouco tempo uma das nossas estilistas numa entrevista, quando lhe perguntaram se fazia nudismo ou topless, dizia que fazia sempre topless mas só no estrangeiro. Só que aqui têm receio por serem conhecidas e que as pessoas lhes podem tirar fotografias e aproveitarem-se para prejudicar a sua imagem. O que nós perguntamos é porque é que um pedaço de corpo exposto pode ser prejudicial para alguém ou como o topless pode ser prejudicial. Será que o corpo muda e fica mais belo no estrangeiro?
Às nossas amigas já dissemos que se é por um problema de exposição, que podem escolher uma praia de nudistas que talvez se sintam mais à vontade, pois as pessoas não prestarão atenção para o facto dos seus seios estarem expostos. No entanto a resposta mantém-se a mesma – o receio de encontrar alguém conhecido - e nem mesmo dizendo que se encontrarem alguém, esse alguém estará numa praia nudista, ou a fazer nudismo ou com alguém que o faça (logo não terá o impacto que pensam), altera o que já está enraizado em suas mentes.
Ideias…

quarta-feira, 30 de junho de 2010

“Sozinho não vou. É preciso entrar pelado”

00h29m
Marta Neves

A propósito da inauguração de pronto-a-vestir, na Baixa do Porto, loja ofereceu roupa às 20 primeiras pessoas que entraram nuas. Centenas de curiosos assistiram.
Uns, foram três horas antes, afoitos para serem os primeiros a chegarem. Outros, só apareceram para “mirarem” e também acabaram despidos.
Tudo valeu, ontem à hora de almoço, no centro comercial Gran Plaza, situado na Baixa do Porto, onde, a propósito da inauguração de uma loja de roupa, era sugerido ao público para entrar nu no estabelecimento. Em troca, os “corajosos” saíam integralmente vestidos sem pagarem nada.
Uma hora antes da iniciativa começar, a intenção de Vasco Nina, director de marketing da marca “Code”, era conseguir “bater os recordes” alcançados na abertura de outras duas lojas.
“Na Covilhã estavam 200 pessoas à espera, mas apenas nove tiveram coragem de se despir. Já em Paços de Ferreira, apenas três ficaram nus”, contou o empresário, que apostava que o evento na Invicta seria “um salto de fé”.E uma hora depois, confirmou-se as melhores das expectativas: mais de 200 pessoas na assistência, acotovelando-se à entrada da loja, e 20 finalistas: três mulheres e 17 homens, “despidos de preconceitos”, conforme desabafou Ângelo Castro, 47 anos, que desta forma aproveitou “uma excelente oportunidade de ter roupa nova”. “Já andava com as sapatilhas rotas”, confessou.
Também seguro que estava a “concretizar uma coisa única na vida”, Amílcar Alves, de 60 anos, deixou a mulher à porta e até fez poses para a assistência.Menos segura estava Cristina Leal, 27 anos, do Porto. “Ainda hesitei duas vezes, mas como o meu namorado também vai participar, decidi arriscar”. “Há que mudar mentalidades”, acrescentou.
Porém, às 13 horas em ponto, apenas Cristiana continuava sozinha a “honrar” o grupo das mulheres. Já o “risco de exposição”, esse, acabou por ser mínimo para os 20 corajosos.Virados de costas para o público, enquanto se despiam, andaram menos de três metros nus até à entrada da loja. Já dentro do estabelecimento, com roupões, escolheram as roupas - a oferta incluía sapatos, roupa interior, calças, camisa, camisola e casaco.
“Não tinha coragem para participar, porque já tenho a pele toda encorrilhada”, disse Ilda Teixeira, 67 anos, que foi ao “shopping de propósito só para espreitar”. Paula Mota e Noémia Trindade, vendedoras de produtos de cosmética no Gran Plaza, nunca viram o centro comercial “tão cheio” e, por isso, apelam à necessidade de “mais iniciativas como esta acontecerem”.
As escadas rolantes, usadas por público que andava à procura de um melhor ângulo dos despidos, nunca como hoje tiveram tão concorridas e as varandas dos pisos superiores tornaram-se escassas.
Sozinho não vou. É preciso entrar pelado?, gritava, o brasileiro Ricardo da Silva, ao telemóvel. Mas, feitas as contas, e somadas os ganhos, o jovem ficou nu. “Para a próxima, volto a estar lá”, concluiu.

Noticia Jornal de Noticias, 30/06/2010

domingo, 27 de junho de 2010

Para quando as férias?


Este ano as férias estão um pouco complicadas. Por dificuldade em conjugar os tempos de férias de cada um, pensamos que este ano serão mais curtas, no entanto parece que só agora é que conseguimos ter algumas datas confirmadas, o que nos levou a procurar alguns destinos. Gostaríamos muito de responder ao apelo do nosso presidente da república que devido à crise europeia salientou a necessidade de efectuar férias dentro do nosso país, e como tal pesquisámos alguns destinos, com a vertente nudista sempre presente, mas infelizmente a falta de infra-estruturas, bem como os preços praticados nos afastam dos destinos nacionais. Pensámos em Odeceixe e a suas praias de nudismo, e como temos um parque de campismo perto, poderia ser um bom destino, no entanto os preços praticados comparados com o parque de Almanat em Espanha, bem como as condições de cada parque, nos leva a pender por Espanha. O mesmo se passou com o Parque dos Carriços, que não conhecemos mas seria uma boa altura para conhecer, mas a falta de boas praias perto do parque também nos leva a pensar em destinos fora do nosso país. Porque, por incrível que pareça, os preços praticados no nosso país são os mesmos ou mais caros que em Espanha, e em Espanha a nível de nudismo as infra-estruturas são bastante melhores, não havendo necessidade de nos preocuparmos em deslocações para chegarmos a uma praia nudista. Por fim ficámos muito inclinados para gozar férias em Costa Natura, em Espanha, e se conseguirmos será uma nova experiência nudista para mais tarde recordar, no entanto só mais lá para a frente é que saberemos se é ou não possível, se não for podemos sempre fazer o mesmo do ano passado que é frequentar a praia do Meco durante as semanas de férias, além da frequência normal de fins-de-semana entre Julho e Setembro.

Chegou o Verão

No dia 21/06 às 12.29h chegou o Verão. Será que vamos ter finalmente tempo quente e sem vento ou chuva? É que na Primavera os dias foram muito ventosos e frios, impossibilitando qualquer ida à praia, o que habitualmente acontecia a partir de Maio quando o tempo já o permitia. Infelizmente este ano não foi possível, pois quando planeávamos a ida à praia, na manhã do dia em causa reparávamos que o São Pedro não ajudava estando um dia ventoso, e como o Meco em dias normais já apresenta algumas vezes vento, em dias ventosos então muito mais. O problema é que as previsões não auguram nada de bom, havendo alguma instabilidade em termos de temperatura, além da continuação do vento. Há quem diga que são mudanças dos tempos, esperamos que o tempo então estabilize para que possamos começar com as nossas idas à praia

Proibidos decotes e saias curtas

Na semana passada deparámo-nos com a informação nos jornais, da proibição dos
alunos em usarem tops, calções e chinelos nas aulas. Ao fazermos uma pesquisa na net encontrámos outras escolas com o mesmo “código de vestir”. Nós em alguns casos até podemos concordar com esse código, pois existem muitos jovens que hoje em dia aderem a certas modas que nos deixam pasmados, como a das calças com os boxers à vista (quando têm boxers), no entanto as justificações que os professores deram para procederem a estas proibições é que nos dão que pensar.
Num dos casos o professor, segundo as notícias divulgadas, terá sentido incómodo para dar a aula porque uma das alunas tinha um top decotado que deixava visível a parte superior dos seios, noutro caso o professor sentiu-se incomodado por conseguir ver as cuequinhas de uma menina.
Ora estamos a falar de casos com meninas de cerca de 13 anos o que nos coloca uma questão, o problema estará só nas alunas ou muito na cabeça dos professores, pois então estes senhores não podem ir à praia nem sair à rua, pois em Portugal, país com um clima mais quente, os decotes são normais. Além disso devemos ter em atenção a fisiologia da mulher portuguesa, que desde pequena tem umas formas roliças com seios maiores. É uma característica da mulher portuguesa (assim como em certos países as mulheres têm seios pequenos, ou pele mais branca, ou cabelo mais loiro) e temos que apreciar as suas formas e entender que ao usar alguns decotes os seios se possam notar mais, mas condicionar aquilo que se veste ou até proibir algumas peças de roupa, achamos ser demais.
Um jornal chegou a noticiar que a direcção de uma escola terá obrigado uma aluna a vestir uma camisola pois trazia um top de alças decotado e foi achado impróprio, ou que terá também obrigado uma professora a regressar a casa para trocar uns calções tipo corsário, que trazia vestidos.
Mas não ficamos por aqui, pois se pesquisarmos bem, encontramos fora das escolas, em algumas empresas ou serviços públicos, também algumas considerações (proibições) à maneira de vestir dos seus funcionários.
A loja do cidadão de Faro é disso um exemplo, pois estabeleceu uma série de normas sobre a indumentária das suas funcionárias. Ficou assim estipulada a proibição do uso de saias curtas, blusas decotadas, gangas, saltos altos, sapatilhas, roupa interior escura e também de perfumes com cheiro agressivo, porque assim o contacto com o cidadão seria mais agradável e menos incomodativo.
Quem sabe se as escolas ainda irão impor o uso de uniformes para toda a gente, e os mais puritanos talvez ainda consigam colocar as normas de vestiário como antigamente, em que as senhoras só podiam mostrar o pescoço e as saias só podiam ser elevadas, no máximo, um palmo acima do chão.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Os homens e o nudismo, as mulheres e o nudismo, e os outros.

Este post é baseado na nossa opinião do porquê da existência de menos mulheres nudistas em relação aos homens.Os homens têm mais facilidade em encarar o nudismo, visto que a sua relação com o corpo é mais fácil, pois a maioria não tem muitos problemas com o seu corpo e as diversas transformações que ele vai sofrendo ao longo da sua vida. Muitos homens não se preocupam se estão a criar mais ou menos barriga, e muitos até acham isso como um sinal sexy (quantos não dizem que a barriguinha é sinal de maturidade como homem), ou se estão a ficar mais flácidos ou com menos cabelo, os homens não ligam muito a esses pormenores. No entanto a preocupação já aparece com a possível comparação entre o seu pénis exposto em relação ao dos outros homens. O homem nunca teve grandes problemas em despir-se, desde a infância que para eles é normal despirem-se junto a outros homens, (nos balneários da escola, no banho no ginásio), e desde a infância que o seu subconsciente faz comparações e gere preocupações em relação ao tamanho do seu pénis em relação ao dos outros. Para o homem que pensa em se iniciar no nudismo, as suas maiores preocupações não são a nível estético, mas sim a nível da sua masculinidade – será o tamanho normal? ou então, de certeza que vou ter uma erecção quando vir mulheres nuas – mas estão completamente enganados, pois cada qual tem o corpo com que nasceu, tendo a pessoa simplesmente que se sentir à vontade com ele. Os nudistas sentem-se muito bem com o seu corpo e não tem necessidade de fazer comparações nem fazem nudismo para isso, e em relação às erecções, tal só acontecerá se aliar a nudez a uma imagem sexual, o que não é o caso pois o corpo nu só por si não tem conotação sexual, mas se acontecer basta ter um pouco de descrição.
As mulheres, por seu lado, têm outras situações mais complicadas, e são diferentes em relação aos homens, pois já têm uma preocupação muito maior em relação ao seu corpo (são os seios, a barriga, o rabo, a celulite), e muitas vezes até não existe razão para essa preocupação pois no meio de nudistas ninguém na realidade vai reparar nesses pormenores, mas as mulheres pensam que sim, talvez porque no dia-a-dia isso acontece (muitas vezes entre elas), com comentários usuais e que já todos ouvimos – Estás mais gordinha. Esse cabelo não te favorece. Precisas de fazer ginástica para abater essa barriguinha. Depois de ter filhos ficaste com os seios mais caídos, não foi?, etc, etc, etc.Portanto existe uma maior dificuldade para a mulher se desprender dessas “conotações” que existem no mundo dos têxteis e libertar-se das grilhetas da roupa, aceitar o seu corpo e usufruir da liberdade da nudez sem qualquer tipo de problemas.
Isto é a relação dos homens e das mulheres com o nudismo, mas o verdadeiro problema são os outros. E os outros dividem-se em duas categorias, os camuflados e os descarados (termos nossos). Os camuflados são aqueles que vão para o meio das dunas ou para cima das arribas com binóculos ou máquinas fotográficas dar azo às suas perversões, babando-se ao ver ou fotografar o corpo nu, e os descarados são aqueles que não têm problema em despirem-se e misturarem-se para poderem ter um acesso mais directo à visão do mesmo corpo nu. E aqui o maior problema, temos que concordar, é para as mulheres nudistas, pois a quase totalidade (para não dizer a totalidade) destes mirones são homens, e de certeza que eles não fazem isto para poder ver o corpo nu dos homens, eles fazem isto para poderem ver os corpos nus das mulheres. E para confirmar esta situação basta pensar que um homem pode ir sozinho para uma praia de nudismo sem ser incomodado, enquanto que uma mulher ou mesmo duas mulheres se forem para uma praia de nudismo, passadas umas horas já terão à sua volta alguns homens sozinhos que estarão somente a tentar ter uma visão privilegiada dos seus corpos. Nós com alguns anos de nudismo, já tivemos alguns casos que corroboram estas situações.
Uma vez em Odeceixe detectámos um senhor, já com idade para ter juízo, que se encontrava no cimo da falésia a tirar fotografias a quem estava na praia a fazer nudismo. A nós não nos incomodou muito até porque estávamos debaixo do chapéu-de-sol, mas um casal que estava junto de nós não gostou muito e o rapaz, vestiu-se e subiu até ao sítio onde o indivíduo se encontrava a tirar fotografias (junto à estrada), e depois de alguma troca de cumprimentos tirou-lhe a máquina e foi-se embora. O senhor não gostou, chamou a guarda (entretanto a rapariga saiu pela praia) e esteve algum tempo a apresentar queixa apontando e gesticulando. Ainda hoje por brincadeira imaginamos as justificações desse senhor:
- Senhor guarda, estava eu aqui muito sossegado a tirar fotografias aos animais e plantas, quando um senhor veio lá de baixo da praia, deu-me uns tabefes (isto dos tabefes são influências do Asterix) e levou-me a máquina!
- Mas o senhor não estaria a fotografar os nus na praia?
- Oh senhor guarda, juro-lhe que não, só tirava fotografias aos animais e às plantas. Os nus não me interessam, eles podem estar nus à vontade que eu não vim para aqui tirar-lhes fotografias.
Nós agora podemos achar graça, mas é desagradável termos alguém mais ou menos escondido a tirar-nos fotografias.Mas ainda no ano que passou tivemos casos bem mais visíveis, de pseudo-nudistas que se encontravam no meio de nós.Geralmente tentamos ficar sempre no mesmo lugar, e quando chegamos ocupamos algum espaço com os chapéus-de-sol, cadeiras e alguns brinquedos para as crianças, e não estamos preocupados se quem está perto de nós são casais ou não, e algumas vezes aconteceu (com pessoas sozinhas) que quando chegámos e começámos a montar as coisas as pessoas começarem a olhar para nós com ar de chateados e levantarem as suas coisas e mudarem de sítio pois nitidamente estragámos os seus planos (e nós tentamos manter alguma distância para respeitar o espaço de cada um), ou então estarmos na praia com outros casais por perto e virem mulheres ou raparigas sozinhas para perto por pensarem que talvez possam ficar mais “protegidas”, mas nem assim isso acontece pois algumas vezes só falta juntarem as toalhas de tão perto eles se colocam. Mas a situação mais desagradável que nos aconteceu no ano passado foi a de um senhor nudista (?) que estava no meio dos nudistas, e que de vez em quando ia até perto do mar contemplá-lo, olhava em redor como se tudo fosse normal (depois é que reparámos que ele estava a escolher um “alvo”), ia buscar a sua toalha e deitava-se, primeiro de barriga para cima (para disfarçar) e depois de barriga para baixo de maneira a ficar voltado para as senhoras que estavam a apanhar banhos de sol, de maneira que as pudesse ver na sua intimidade, e ali ficava sem que ninguém desse conta ou se manifestasse. Nós só reparámos pois o elemento feminino do casaisnudistas, estava a apanhar sol e a ouvir música, e ao mudar de posição reparou que o dito senhor estava deitado mais abaixo, masturbando-se a olhar para ela, ela saiu da toalha indo para debaixo do chapéu reclamando em voz alta, o que fez com que o indivíduo saísse do sítio onde estava voltando para o seu lugar depois de passar pela água para lhe passar o calor. E foi assim todo o dia, tendo nós algumas vezes estragado o arranjinho, pois depois de vermos o “alvo” por ele marcado, enquanto ele ia buscar a toalha para se deitar, nós íamos precisamente para esse sítio jogar raquetes, para evitar que ele fosse para lá, o que não o incomodava pois simplesmente escolhia outro “alvo”. Esta atitude demonstrou nitidamente ser uma pessoa com problemas, mas que não tinha qualquer tipo de pudor em se despir para conseguir os seus intentos. Só aconteceu um dia, nunca mais voltou, pelo menos naquele sítio. São atitudes como estas que torna difícil haver mais mulheres a fazer nudismo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Infra-estruturas e vigilância

Quando o sol desperta, o céu fica limpo e azul e o calor aperta, lá começa a romaria para as praias. Tempo de espera em filas extensas e procurar estacionamento em parques já lotados, são sacrifícios feitos de bom grado para poder chegar à areia e escolher um espaço para estender a toalha, e gozar um dia de praia que se espera seja bem passado e agradável. O problema é que quando as pessoas começam a ir à praia, alguns serviços como os cafés ou restaurantes de praia já funcionam mas a vigilância ainda não, e o mar ainda está revolto e com correntes muito fortes.
No fim-de-semana passado cinco pessoas perderam a vida em praias portuguesas, por se aventurarem em águas geladas e com correntes fortes e traiçoeiras.
Agora os concessionários dizem que a época balnear deve começar mais cedo e as entidades responsáveis por este pelouro vêm dizer que os concessionários é que têm de contratar os nadadores salvadores mais cedo, ou seja empurram de uns para os outros, quando na nossa opinião, a responsabilidade desta situação deve ser dividida por três, visto que não faz sentido haver uma data para começo e terminus oficial da época balnear num país como o nosso que tem uma extensão grande de praias e em que existe a facilidade das pessoas do litoral se deslocarem a essas praias, mas também se são os concessionários que contratam os nadadores salvadores na época balnear, que geralmente abrange uma área frontal ao restaurante ou bar na praia que tem a concessão e que lhes proporciona mais negócio, pois possibilita-lhes o aluguer de espreguiçadeiras e chapéus-de-sol, porquê esperarem por uma época definida em calendário para contratarem os nadadores salvadores, se quando o tempo já é bom, as praias se encontram cheias?
Mas uma parte da responsabilidade também terá de ser atribuída às pessoas, que muitas vezes não respeitam o mar nem as indicações que lhes dão, ou porque acham que sabem nadar muito bem ou que só acontece aos outros, aventuram-se bastante.
Mas isto serve para lembrar a situação com que nós nos deparamos todos os anos, que é precisamente a falta de nadadores salvadores em praias nudistas.
Dado que em Portugal os nadadores salvadores são da responsabilidade do concessionário da praia na qual trabalham, e geralmente esse concessionário também explora restaurantes ou bares na praia, e visto que as praias nudistas em Portugal, não possuem essas infra-estruturas, não temos nas nossas praias qualquer tipo de vigilância, à excepção da praia das Adegas em Odeceixe que já há alguns anos possui um nadador salvador. No entanto deveriam estas praias ser também vigiadas visto ser uma situação diferencial em relação aos frequentadores das praias têxteis, (se estão vestidos podem ter vigilância, se estão nus então não) ou seja os nudistas têm que ter muito mais cuidado visto que em muitos casos as praias, mesmo as legalizadas, têm um mar bastante forte ou fundões, mesmo com bandeira verde, em que se torna perigoso o refrescante banho de mar – a praia do Meco é um desses casos.Às vezes nos questionamos se, em relação à praia do Meco, os papeis estivessem invertidos, isto é, se quem explorasse o restaurante fosse nudista e a praia frontal ao restaurante cuja concessão é da responsabilidade do restaurante também fosse nudista e a praia ao lado fosse têxtil, quanto tempo demorariam a ter infra-estruturas básicas e vigilância. Muito menos, certamente do que os nudistas que ao longo do país que esperam que se lembrem que eles também têm necessidades, de comer, de se refrescarem ou as mais básicas necessidades fisiológicas, e que quem frequenta as praias nudistas também tem direito de as frequentar como família com crianças que têm mais necessidades do que os adultos.
Vamos pedir a todos os têxteis e aos responsáveis pelas autarquias, que fechem os olhos e imaginem as vossas praias, bastante limpas com as espreguiçadeiras todas colocadas por debaixo dos chapéus de palha, proporcionando sombras agradáveis, dois nadadores salvadores que vos dá bastante segurança para poderem levar as crianças, um bar ou restaurante que vos possibilita usar da casa de banho, beber uma bebida (muitas vezes sem sair da praia) ou comer qualquer coisa, divertimentos de mar que podem ser alugados…Agora imaginem que estão nessa praia, mas sem a limpeza, as espreguiçadeiras, os chapéus de palha (têm que levar os vossos chapéus de sol), os nadadores salvadores, os divertimentos de mar e em que o restaurante ou bar que nos possibilita beber ou comer qualquer coisa e usar a casa de banho ou não existe ou fica a cerca de 1,5 Km de distância. Gostam?
Nós também não.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Os valores do nudista

Muito se tem escrito e comentado acerca do nudista e dos seus valores, pois existe quem pense que o nudista, por não ter tabus sobre a nudez não tem valores. Não é verdade, na verdade existem muitos valores, valores morais, humanos, sociais, políticos, religiosos, etc, etc., e não são exclusivos de ninguém, simplesmente foram criados há muito tempo para tentar ordenar uma sociedade e vão passando de geração em geração. Mas temos que olhar para esses valores com mais atenção do que é hábito fazer. Primeiro para compreender que foram criados num tempo próprio, e que porventura nesse tempo se adequavam, mas os tempos mudam e as sociedades também, logo devemos actualizar também alguns dos nossos valores, mantendo no entanto outros valores, principalmente alguns valores morais já existentes. Os mais pessimistas pensam que as coisas já não são como eram, muitas vezes sem repararem que eles também mudaram alguns dos valores existentes.
Muita gente confunde valores com princípios, e os erros que existem vêm dessa confusão.
Os valores podem ser mutáveis e por isso nem toda a gente os seguem, visto que os vão actualizando, o que não invalida que as pessoas tenham princípios e os defendam, e os eduquem.
Nós sabemos bem o porquê destes comentários, porque essas pessoas continuam a misturar nudez com promiscuidade, libertinagem ou sexo, mas o verdadeiro nudista encara a nudez como uma situação que lhe agrada e que pratica tentando não chocar outros, escolhendo o espaço adequado para o fazer (pelo menos esta é a nossa maneira de fazer nudismo).
Também este pensamento está ligado com a ideia de que a educação de crianças dentro do nudismo por pais nudistas, é condicionar essas mesmas crianças.
Já aqui fizemos referência às crianças e o nudismo, e continuamos a achar que na realidade, além de não ser prejudicial para elas, as estamos a libertar de um tabu e preconceito existente em relação à nudez e que mais tarde as vai ajudar no seu relacionamento consigo próprias bem como com os outros.
Claro que devemos ser pais atentos, não só na praia de nudismo,como nas praias
têxteis, na escola, na rua, em todo o lado, porque infelizmente a maldade pode aparecer em qualquer lugar (e não só nos espaços nudistas como muitos querem fazer passar).
Mas deixemo-nos de confundir as coisas e de falsos moralismos. Nós preferimos passar a informação que a nudez não é nenhum tabu, e que o mais importante é o respeito pela família, pelo próximo e que para se vencer na vida é preciso humildade e que não se conseguem as coisas a qualquer custo, enquanto muitos acham a nudez algo que se deve esconder, atropelando depois todos os princípios (e não valores) básicos da sã convivência entre seres humanos, atingindo os seus objectivos sem se preocuparem com quem lhes está próximo. 
Nós achamos que somos nudistas com valores, com algumas virtudes, mas sobretudo com princípios, e estamos convencidos que grande parte dos nudistas - ou naturistas nudistas - existentes têm a mesma opinião.

sábado, 15 de maio de 2010

Vamos descobrir quantos nudistas portugueses nos acompanham

Existem alguns dados na net que indicam que frequentadores das praias nudistas/naturistas em Portugal, são cerca de 100 000 (?), alguns deles inscritos nas diversas associações naturistas. No entanto pensamos que a maioria provavelmente não estará inscrito em nenhuma associação.
O que pretendemos com este post, é saber quantos nudistas/naturistas (com acesso à net e que queiram responder) existem em Portugal, a vossa experiência, as praias por vós já frequentadas (a vossa opinião àcerca delas), e se pertencem a alguma associação ou não.
Gostaríamos que nos enviassem a vossa resposta para o nosso mail (casaisnudistas@hotmail.com), identificados ou não e que nos digam se podemos publicar a vossa mensagem. Nós respeitaremos as vossas opiniões, e embora esta página seja de casais nudistas, não rejeitamos os singles, masculinos ou femininos (embora as mulheres não gostem muito de participar nestas coisas).
Vamos ver quantos somos.
Quem sabe se com esta informação e se estivermos todos num raio de acção próximo, possamos fazer um primeiro encontro do blog casaisnudistas.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Férias nudistas em Almanat

Nós sempre fizemos férias em campismo e em 2006 pensámos fazê-las num parque que fosse mais perto de uma praia nudista do que era usual (parque de S. Miguel – praia de Odeceixe). Depois de fazer uma pesquisa mais aprofundada na net, descobrimos uma solução (parque de campismo Almanat em Málaga) que era um pouco de dois em um, pois era um parque de campismo em que na página que consultámos dizia que a distância do parque à praia era de 0 metros, e a praia era nudista bem como o parque.
Na altura ficámos a pensar como seria fazer férias num parque de campismo nudista, mas como sempre quisemos experimentar, resolvemos tentar fazer a reserva.
Na altura da reserva solicitámos as condições para frequentar o parque, pois tínhamo-nos deparado com alguns parques e resorts em que a nudez só era permitida na praia e na piscina e não queríamos criar nenhuma situação desagradável, ainda por cima sendo a nossa primeira vez num parque nudista.
A resposta a essa solicitação foi - não usar roupa.
Ao que voltámos a perguntar - não usar roupa onde?
E a resposta foi – em todo o lado.
Fizemos a reserva e na data marcada metemo-nos ao caminho, e após várias paragens para comer e para as crianças esticarem as pernas chegámos ao destino.
Durante o caminho fomo-nos questionando como seria o parque e se estaríamos suficientemente à vontade para conviver uma série de tempo num parque nudista, pois seria tudo uma novidade (mesmo para nós que costumávamos ir todos os anos para praias nudistas), no entanto sabíamos que se não nos sentíssemos bem quer fosse pelas instalações ou pelo ambiente poderíamos sempre voltar.
Ao chegarmos junto da recepção começámos a ver logo uma série de nudistas que circulavam normalmente pelas imediações da entrada pois a recepção ficava entre a entrada para o parque e o espaço reservado ao parque de jogos e parque infantil.
Depois de tratarmos dos papéis para estadia no parque, entrámos e fomos então montar as nossas coisas no nosso espaço. Foram-nos transmitidas as regras de funcionamento do parque e que nos informava de que o parque era familiar, a nudez era obrigatória, com excepção para as crianças, para as senhoras em certas alturas sendo no entanto permitida só o uso da parte de baixo do biquíni, e nas noites de frio também era permitido o uso de roupa. Além disso era também informado as horas de silêncio, e que não haveria separação das casas de banho e dos duches (como é lógico, pois se toda a gente anda nua em todo o lado porquê casas de banho separadas?).
Nessa noite não nos despimos, fomos a um pequeno bar dentro do parque comer qualquer coisa, e sentimo-nos bastante à vontade, pois apesar de toda a gente andar nua e nós vestidos, não nos disseram nada nem olharam para nós de maneira diferente, (mais tarde percebemos que quem anda vestido no parque ou está a chegar ou está de partida) antes pelo contrário brincaram com as crianças e isso serviu em parte para nos ambientar.
No dia seguinte começámos então as nossas férias nuas e só nos vestíamos para sair do parque. Havia uma porta que dava directamente para a praia nudista, e só quem estava no parque tinha acesso a essa porta, mas a praia era livre através de uma entrada pelo lado do parque.
Praia grande, só nudista, com mar calmo, com muita preocupação pela limpeza, mas com um problema – em vez de areia a praia é de pedra miudinha, chamada de pedra de rio e que se torna um pouco desagradável para andar.
Junto à entrada do parque, do lado da praia, havia um restaurante que só servia almoços, mas muito agradável.
O parque tem vários balneários mistos, muito limpos, um supermercado e um bar, uma piscina muito agradável e court de ténis, campo de futebol, cesto de basquete, churrasco e parque infantil para as crianças.
No tempo que lá estivemos o parque esteve sempre cheio (com todas as idades, de crianças a menos novos – incluindo bastantes grávidas) e foi feita uma festa com uma sardinhada a preço simbólico para os campistas, um artista que foi actuar no recinto do parque à noite, e insufláveis para as crianças, e foi bastante agradável a confraternização, quer à noite na festa (vestidos), quer nos insufláveis, durante o dia, entre os pais enquanto as crianças brincavam (nus).
O tempo passado lá foi muito agradável, com uma sensação de liberdade incrível para todos, sem malícia, e com pena tivemos de terminar essas férias.
Continuamos a recordar os tempos agradáveis lá passados, mas no caminho para casa ficou a promessa de lá voltarmos.
(Como é obvio passou a constar nos nossos favoritos.)
E é verdade a nudez é total e obrigatória em todos os espaços.