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terça-feira, 31 de maio de 2011

Diferenças entre nudista e naturista



Temos lido algumas matérias sobre as diferenças entre naturismo e nudismo, com algumas considerações e textos que, em alguns casos nos deixaram um pouco perplexos. No início deste nosso espaço fizemos uma comparação entre nudistas e naturistas em que escrevemos o seguinte:

Ser nudista ou naturista, muitas vezes é a questão que se levanta.
Muitas vezes perguntam:
- São nudistas ou naturistas?
Ora a nosso ver o nudista é alguém que encara a nudez como algo natural e gosta de estar/andar nu, e o naturista, além de também ter esta relação com a nudez, tem uma maior aproximação com a natureza, sendo mais activos nas questões da preservação da natureza bem como no consumo de alimentos naturais.
Ao fim ao cabo é uma questão de nomenclatura, pois os naturistas gostam de andar nus e os nudistas de certeza que se preocupam com as questões da natureza, daí ser só uma questão de como as pessoas se sentem mais cómodas ao serem referenciadas.
No nosso caso sentimo-nos mais cómodos sendo nudistas.

No entanto têm surgido alguns comentários sobre o nudismo e o naturismo que indica, da parte de quem os faz, algumas considerações algo preocupantes.
Muitos consideram que o naturismo é que está correcto pois encaram a nudez como ocasional e pura pois são naturistas (pois claro), e como a sua preocupação é a natureza, eles é que estão certos, e que os nudistas como gostam de estar nus simplesmente pela sensação de liberdade que lhes proporciona, são um grupo de exibicionistas que somente gostam de mostrar o corpo, seja ao ar livre ou no interior de suas casas.
Por aquilo que nós conseguimos perceber através de alguns comentários que vão circulando no mundo nudista/naturista, existe muito naturista que está um pouco confuso e faz considerações pouco certas, muitas vezes até sobre o naturismo, entrando no conceito naturalista.
Ora nós achamos que nenhum dos grupos naturistas ou nudistas pode fazer-se de virgem ofendida e dizer que é melhor que o outro, pois aí está a entrar precisamente naquilo que neste momento existe na sociedade têxtil e que no mundo nudista nós dizemos que não acontece pois alegamos que não existem diferenças.
Sabemos que as associações que existem, em Portugal são associações naturistas com ideais mais voltados para o conceito naturista, nomeadamente a preocupação com a natureza, o vegetarianismo, mas no entanto têm sido elas a lutarem para que existam mais praias legalizadas à prática do nudismo, e embora muitos naturistas façam algumas considerações acerca dos nudistas, quando vão para a praia eles também vão praticar nudismo.
Seria no entanto muito interessante saber se, na realidade, os membros inscritos nas associações naturistas serão todos naturistas e se todas as pessoas que frequentam as várias praias, legalizadas ou não, existentes em Portugal, se serão também na sua maioria naturistas e não nudistas – talvez houvesse uma surpresa.
No entanto, e como já fizemos referência é tudo uma questão de nomenclatura, pois o que precisamos é de nos unirmos para que possamos criar um grupo cada vez mais forte para que possamos ter as condições que desejamos e pelas quais as associações há muitos anos lutam.
Nós continuamos a ser orgulhosamente nudistas, e a gostar de praticar nudismo na praia, em casa, onde quer que nos seja proporcionado, sem problemas.
E queremos continuar a sê-lo.

Aqui vos deixamos as definições tiradas da Wikipédia, mas que poderiam ser de qualquer boa enciclopédia, pois as definições são idênticas:

Naturismo - O naturismo (não confundir com naturalismo) é um conjunto de princípios éticos e comportamentais que preconizam um modo de vida baseado no retorno à natureza como a melhor maneira de viver e defendendo a vida ao ar livre, o consumo de alimentos naturais e a prática do nudismo, entre outras atitudes.

Nudismo – O nudismo é uma prática integrada no conceito mais vasto de naturismo que consiste na não utilização de vestuário para actividades recreativas em ambiente social. A nudez total é vista como uma forma de contacto com a natureza e sem conotações sexuais ou morais de modéstia. A prática do nudismo poderá ser efectuada em praias, lagos, piscinas ou outros espaços – usualmente ao ar livre – normalmente em áreas designadas para o efeito.

terça-feira, 17 de maio de 2011

domingo, 8 de maio de 2011

Será a nudez erotismo?

Esta questão surgiu-nos quando, ao circularmos na rua, começámos a reparar um pouco mais nas modas que vão aparecendo e nas respostas que as pessoas dão a essas mesmas modas.
Antigamente a maneira que as pessoas tinham de vestir variava, sendo mais descoberta ou reveladora no Verão quando o tempo quente o permitia, e mais tapada no Inverno, mas agora já não se nota grandes diferenças entre o Verão e o Inverno. E nas mulheres as mudanças de mentalidade fazem-se notar muito mais significativamente, pois reparamos que elas já não se importam com os olhares mais reprovadores e andam com os seus decotes mais descobertos e as mini-saias ou calções curtos também com o tempo frio.
E depois então temos as modas que aparecem principalmente nos jovens mas que em alguns casos são depois seguidos pelas pessoas da geração seguinte, e que vamos dar dois exemplos:
Nos rapazes tivemos a moda da camisa aberta, com um pouco do peito à vista e no caso das raparigas temos agora a moda dos collants mais ou menos opacos (a que chamam leggings) a servirem de calças, ambas situações que começam nos mais novos mas que as gerações seguintes também seguem. (embora a moda da camisa desapertada já tenha desaparecido)
Ora a nós como nudistas não nos choca absolutamente nada a exposição do corpo, no entanto não podemos de deixar de pensar no porquê destas exposições diárias.
Será só pela moda, ou as pessoas, embora digam que não e cheguem a jurar a pés juntos que nunca fariam nudismo, sentem lá no fundo uma necessidade em mostrar o corpo que têm, indo muitas vezes contra os ensinamentos que tiveram ao longo da vida, e manifestando um pouco um grito de revolta?
Nós achamos que é precisamente isto que as pessoas sentem quando vestem uma peça de roupa que mostra um pouco mais do seu corpo, seja homem ou mulher. Porque uma mulher quando veste um top com um decote generoso, fá-lo porque se sente bem consigo própria e gosta de mostrar esse mesmo decote, e quem fala de decotes pode falar em mostrar a barriga, calções ou mini-saias que mostrem mais ou menos as pernas, ou até mesmo as tais calças leggings que muitas vezes mostram tudo. E no caso do homem é precisamente a mesma coisa embora o homem não possa mostrar muito, mas quando veste uma t-shirt ou calças justas que revelam mais os contornos do corpo ou uma camisa aberta a revelar um pouco do peito, o objectivo é o mesmo.
E para eles isto não tem mal nenhum pois estão a mostrar o corpo escondendo-o.
Mas para nós existe mais, existe também a sedução, pois quando tudo isto acontece está a haver um jogo que muitas vezes já está tão enraizado ao longo dos tempos que as pessoas já não notam, mas esta exposição mostrando algo – muito ou pouco – e escondendo o resto, ou muitas vezes a utilização das transparências na roupa, não é mais do que a sedução feita por um elemento em relação a outro ou outros.
Daí o nosso título deste post. Será um corpo nu mais erótico do que um corpo meio despido?
O corpo nu é sensual, mas será erótico?
Se fosse assim porque é que nos shows de strip é necessária a roupa, que se vai despindo, revelando o corpo nu? Se o corpo nu fosse erótico, então bastaria aparecer somente despidos para provocar as sensações que são procuradas. E nas revistas masculinas, nos filmes eróticos ou em outras situações do género, em que geralmente existe uma lingerie provocante, e que muitas vezes não é totalmente despida? Mas quando não é lingerie é um biquíni, ou somente um lençol, …., e poderíamos dar muitos outros exemplos.
Por isso para nós a nudez não é erótica, pois ao fim ao cabo o erotismo existe na nossa cabeça, e geralmente esse erotismo acontece quando ao vermos algo mais descoberto, imaginamos como será o resto, ora no caso do nudismo isso não acontece pois o corpo está todo exposto, não dando margem para imaginações. (O que se vê é o que é.)
O que será mais erótico – uma praia de nudistas em que as pessoas andam à vontade com os seus corpos livres ou um corpo vestido revelando algumas partes através de transparências ou de revelações que a própria roupa pode proporcionar com o movimentar da pessoa? E será que essa pessoa, que com a roupa revela ou esconde aquilo que quer, não tem consciência plena das suas acções, que muitas vezes são premeditadas no tal jogo de sedução já mencionado?
Muitos dirão que não e que o corpo nu é mais erótico e que os/as excita mais ver um corpo nu, no entanto também pode acontecer que o que se procura é ver algo que não se tem, ou seja as mulheres procuram ver corpos musculados e o mesmo se passa com os homens que procuram nas revistas, nos filmes ou em shows corpos de mulheres mais delineados, pois em ambos os casos quando olham para o lado não é isso que vêm (e muitas vezes nem querem ver ou aceitar o corpo de quem os acompanha).
Quantas vezes já ouvimos dizer, aquilo que é um pensamento completamente errado, que nas praias de nudismo é onde existem mais mulheres e homens com os corpos torneados, levados por aquilo que vêm nas revistas e partindo do pressuposto de que toda a gente que tem um corpo mais delineado se despe e que toda a gente que se despe para as revistas vai para a praia de nudismo.
Ora uma praia de nudismo tem precisamente aquilo que uma praia têxtil tem, todo o tipo de corpos, somente estão nus, no entanto este tipo de pensamento e esta procura do erotismo através do corpo nu que se vê ou da nudez que se vai descobrindo muitas vezes indica dois problemas – a não aceitação do seu próprio corpo, e a não aceitação do corpo do seu companheiro/a. 

A nudez, sozinha, não é assim tão erótica; precisa que lhe ponham um trapinho em cima. Precisa de um filtro. Pode ser puramente visual, mas deve estar lá. Sensualidade é o obstáculo. 

Autor: Hayat,  Faíza     

Uma mulher nua seria menos perigosa do que é uma saia habilmente exibida, que cobre tudo e, ao mesmo tempo, deixa tudo à vista.

Honoré de Balzac

terça-feira, 3 de maio de 2011

Seríamos capazes de andar nus na rua?


No seguimento das notícias que foram veiculadas nestes dias sobre a proibição da nudez ou da utilização de biquíni ou fato de banho nas ruas de Barcelona, foi-nos colocado por nós, a seguinte questão:
Seríamos nós capazes de andar nus pelas ruas, se tal nos fosse permitido? Teríamos coragem para tal feito?
Pensamos que não, seria sempre algo estranho, pois se tal lei fosse aprovada seria algo relacionado com nudez opcional, logo nem toda a gente estaria nua, o que já não seria o mesmo, pois nós gostamos de estarmos nus, mas entre outros nus, ou seja em que estejamos todos à vontade pois estamos todos iguais ou entre pessoas que encaram a nudez como algo natural, sem constrangimentos, e se nós já nos sentimos incomodados com os mirones que nos visitam constantemente nas praias, como nos sentiríamos entre pessoas que não encaram bem a nudez?
Com certeza que haveria quem nos gozasse, outros que andariam quilómetros atrás dos nudistas só para poderem ver os seus corpos e até quem nos xingasse e ofendesse.
Quando nós vamos à praia ou estamos de férias num parque nudista ou mesmo numa aldeia nudista, aí é completamente diferente pois estamos todos em igualdade de circunstâncias por estarmos todos iguais, ou então as pessoas que possam usar alguma peça de roupa sabem onde estão e não se chocam com a nudez dos outros, como tal existe um à vontade muito maior pois não existe o preconceito parvo nem o apontar do dedo como se fossemos aberrações (mirones das praias à parte que nos vão ver como se fossem ao jardim zoológico ver outras espécies).
Quando estávamos a pensar neste assunto surgiu uma comparação que pode ser elucidativa para quem passou pela situação:
Quando se vai para a tropa e se chega pela primeira vez a um quartel, não nos sentimos muito enquadrados, pois no interior do quartel toda a gente anda fardada e nós não, como tal sentimo-nos como um corpo estranho, depois de estarmos algum tempo no quartel e vimos cá fora pela primeira vez, é precisamente o contrário pois no quartel é que nos sentimos em casa devido a andarmos todos de igual e cá fora como estamos diferentes sentimo-nos algo desenquadrados. Achamos que seria assim que nos sentiríamos se nos fosse permitido andar nus nas ruas entre têxteis.
Mas a questão mantém-se – Quantos seriam capazes de andar nus pelas ruas, naturalmente?