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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Outubro mês da prevenção

Muito se tem falado dos riscos que os nudistas correm em se exporem totalmente ao sol, e muitas vezes nos perguntam - ao elemento feminino - se não sente medo do cancro da mama. É claro que os nudistas/naturistas devem proteger a sua pele dos raios solares utilizando bons protectores, no entanto o sol é nos tempos que correm, um dos factores preventivos de alguns tipos de cancro, nomeadamente o cancro da mama.
Aqui fica um artigo, publicado no jornal DN no ano de 2007, e que recuperámos para mostrar neste post.
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Exposição ao sol pode prevenir cancro da mama

por
JOSÉ MÁRIO SILVA06 Agosto 2007
 
Nos últimos anos, não têm faltado os discursos alarmistas sobre os muitos riscos da exposição às radiações da luz solar, entre os quais o aumento da probabilidade de contrair cancro da pele. Um artigo que acaba de ser publicado no American Journal of Clinical Nutrition vem, contudo, relativizar esta espécie de pânico médico que tornou infernal, para muitas pessoas, uma simples ida à praia.
Segundo a equipa da Creighton University, de Omaha (Nebraska), responsável pela investigação, se as mulheres que se expõem pouco ao sol reduzem o risco de cancro na pele, estão simultaneamente a aumentar as hipóteses de virem a desenvolver cancro da mama, cuja probabilidade está relacionada com os níveis de vitamina D na corrente sanguínea, sobretudo nos períodos que se seguem à menopausa. Quanto mais vitamina D houver em circulação, menor o risco. E a maior parte da vitamina D é sintetizada pela exposição da pele à luz solar.
Os investigadores de Omaha estudaram 1179 mulheres com mais de 55 anos, que não tinham antecedentes de doenças oncológicas. Divididas aleatoriamente em vários grupos, receberam três "tratamentos" diferentes: umas apenas suplementos de cálcio, outras uma mistura de suplementos de cálcio com vitamina D e outras ainda um placebo. Ao fim de quatro anos, os resultados demonstraram que o cálcio revelava algum efeito protector, mas que este era potenciado pela presença da vitamina D, que reduzia o risco em mais de metade, quando comparado com o grupo de controlo (placebo). Estes resultados reforçam a evidência empírica de que as mulheres que vivem mais perto do Equador, logo com maior exposição solar, revelam menor incidência de cancro da mama.
"O facto de verificarmos uma redução dos riscos de todos os tipos de cancro [e não apenas do cancro da mama], sempre que há concentrações elevadas de vitamina D, é consistente com a informação epidemiológica, cada vez mais vasta, que evidencia que tanto o risco de cancro como a mortalidade oncológica são inversamente proporcionais à exposição ao sol e respectiva produção de vitamina D", afirmaram os investigadores.
Outro estudo realizado na Harvard Medical School, e publicado em Maio na revista Archives of Internal Medicine, apresentou resultados similares, sendo que o seu âmbito era muito mais vasto, uma vez que acompanhou 30 mil mulheres, de todas as idades, durante 15 anos. Mais uma vez, a conjunção do cálcio com a vitamina D está relacionada com uma redução de 40% do cancro da mama antes da menopausa.
Além da que é sintetizada na pele, a vitamina D pode ser obtida através de vários alimentos, como o leite, os ovos, óleos de peixe, legumes e margarinas. Investigações mais antigas já tinham detectado o efeito benéfico desta vitamina na prevenção dos cancros do cólon e da próstata.
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No entanto, e sendo um dos grandes flagelos que assola a nossa saúde, gostaríamos de nos aliar a uma campanha que teve ínicio em Setembro e que se prolonga pelo mês de Outubro (mês da prevenção do cancro da mama), em que se alerta para a necessidade de se fazer uma observação frequente, e consequentemente fazer um rastreio ou consultar o seu médico.Por estas campanhas vale a pena a união.

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