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sábado, 7 de novembro de 2009

Quando Sócrates defendeu o nudismo

19 de Abril de 1988. Um jovem deputado do PS pede a palavra no plenário da Assembleia da República. Vai fazer o seu primeiro discurso sobre uma questão nacional (meses antes tinha falado sobre questões orçamentais relativas ao seu círculo eleitoral). O que estava em causa era um projecto-lei dos "Verdes" legalizando a possibilidade da prática do nudismo.
Disse o jovem deputado que "esta prática tem tido um enorme desenvolvimento na Europa e no mundo" dado o "progressivo reconhecimento" das suas "vantagens para a saúde física e mental" e para um "desejável equilíbrio emocional". Além do mais "liberta" as "mentalidades de complexos de moral sexual retrógradas e bloqueadoras".
E, como se isso não bastasse, "acentua a unidade rica e perfeita do corpo e do espírito". Algo, enfim, só ao alcance de pessoas com "elevada consciência cívica e ecológica".
Por causa deste discurso, o jovem deputado em causa - José Sócrates, de seu nome - foi notícia em todos os jornais. O projecto dos "Verdes" que defendera em nome do PS tinha conseguido vencer as resistências da maioria PSD. Foi aprovado. Um dia histórico para o naturismo nacional, ao qual o actual primeiro-ministro viu o seu nome associado, do lado dos que ganharam. Herculano Pombo, na altura deputado dos "Verdes", foi um dos autores do projecto.

(Noticia do Diário de Noticias de 21 de Abril de 2008)

E agora, será que se esqueceu de que os nudistas/naturistas existem e também têm direitos, ao contrário de que muitos texteis pensam.
Será que não temos direito a praias limpas, acessos em condições, respeito e um pouco de privacidade?
Vá-lá senhores políticos olhem para os nudistas/naturistas e suas ideias na altura devida e deixem de olhar tanto para o lado. 

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